A ESSÊNCIA DA VIDA É ENERGIA.
A ESSÊNCIA DA VIDA É ENERGIA.
I
Elevo os meus pensamentos
Buscando a inspiração
Para escrever estes versos
Ungido pelo condão
Propulsor da Poesia
Falando de Energia
Desde a sua acepção,
II
Pelo o prisma natural
Seja a pura radiante,
Cinética ou potencial,
Tem espectro semelhante
Das brumas na preamar
Banhadas pelo luar
Vista a noite de um mirante.
III
Olhando como um poeta
Que ver com o coração
Energia é um guerreiro
Lutando na vastidão
Contra as hostes do tirano
Que nas trevas é soberano
Senhor da escravidão
IV
Dos seres ignorantes
Sem a fonte que irradia
Ondas de Luz fulgurante
Da mais pura energia
Por ser incorruptível
Tem um efeito terrível
Contra o mau da letargia.
V
Apesar de não ter forma
Cheiro, textura, nem cor
Energia é um espírito,
É a vida, é o vapor
Que anima a natureza
Energia é a pureza
Do hálito do Criador.
VI
Na ciência se define
Como a capacidade
De produzir movimento
Pela radioatividade
Nos corpos materiais,
Com virtude, ainda mais,
No campo da gravidade.
VII
Com base nas tradições
Nós ousamos em dizer
Que energia é a força
Imanente do poder
Do verbo da criação
Que usando uma expressão
Fez o cosmo florescer
VIII
Das trevas frias, do caos
Fez nascer ordem e calor
Numa atômica fissão
No núcleo processador
Deu-se a big explosão
Fez-se a Luz na expansão
Pela voz do Criador
IX
Aquecendo a lama fria
Numa química reação
Como pilha, pegou carga
O homem vindo do chão
Possui neurotransmissor
Memória e processador,
Sentidos, percepção
X
Como fonte independente
Parece uma bateria
Que auto se recarrega
Repondo sua energia
Através da reação
Tira da alimentação
As forças pra o dia-a-dia.
XI
Acendendo a consciência
Seu caráter foi forjado
Nessa energia vital
Ele está impregnado
Da gene, da semelhança
Na caverna tem lembrança
Do modo em que foi criado
XII
Perscrutando a sua essência
Começou a intuir
Com a própria natureza
Passou a interagir
Usando da energia
Que do seu corpo fluía
Para o frio resistir
XIII
Juntando corpo com corpo
Um grupo se aquecia
Foi essa a primeira vez
Que ele usou da energia
Até dominar o fogo
Virando a mesa do jogo
Dessa tecnologia.
XIV
Quando queimou os neurônios
Usando o sexto sentido
Indo ao mundo das idéias
Desvendando o escondido
Voou para intuição
Onde, dissera Platão
Havia Tudo existido
XV
Microchips, fibra ótica
Válvulas e transistores,
Raios “lazer”, X e gama,
Potentes capacitores
TV plasma e celular,
Transporte molecular,
Variáveis resistores,
XVI
Para raios, cata vento,
Bobinas magnetismo
Contou Alexandre volta
Na lógica do silogismo
Mede a eletricidade
Newton viu a gravidade
Nas lentes do empirismo.
XVII
Combinando os elementos
Ver-se a manifestação
Da força ou da substância
Com melhor definição
Diz: Helmholtz, que energia
Ninguém faz, e ninguém cria
Nem se extingue em explosão
XVIII
Por ser ela atemporal
E em Si, Coexistente
Dizem ter os atributos
Do Deus que é Onipotente
Que tudo pode fazer
Você pode até não ver
Porém, é Onipresente
XIX
Visto ser o substrato
Desse imenso universo
Falando de energia
Não claudico ou tergiverso
Por ser ela Onisciente
Atua no consciente
Inspirando esse meu verso
XX
Como a “Physis” geradora
De onde tudo provem
Disse o mestre Heidegger,
“o que existe, dela vem
Voltando pra ela um dia”,
Essa viva energia
Que em todo homem tem.
XXI
Numa contínua corrente
Poe o ser em movimento
A física lha classifica
De segundo elemento
A matéria é o primeiro
Traduzida em hospedeiro
Do “Pneuma”, nevoento
XXII
Embora não se alcance
Pela visão natural
Sua presença é constante
Numa aurora boreal
Na acústica e na elétrica
Na química, na magnética
campo gravitacional.
XXIII
Debelando assim as trevas
Explode a fase da luz
Dos filósofos pensadores
Inventores que traduz
Energia dos vapores
Em jatos com propulsores
Que pelos ares reluz
XXIV
Voando no hipersônico
Alta tecnologia
Impulsionado por ondas
De calor da energia
Rasga os céus desse planeta
Velozes como um cometa
Viajando em simetria.
XXV
Hoje vemos claramente
Que existe a sinergia
Da Luz cósmica consciente
Com um homem, sua “cria”
Quando está sincronizado
Tem seu ser iluminado
Nas Ondas quEle irradia.
XXVI
Recebe o homem da Fonte
Raios de inspiração
Transporta para esse plano
Das imagens a projeção
Exibida em sua mente
Constrói e marca a patente
Como uma nova invenção.
XXVII
Todavia, compreendo
Mesmo sendo analfabeto
Matuto dum pé de serra
Que o Grande Arquiteto
Muito tem me iluminado
Como um vocacionado
Sou parte do seu projeto
XXVIII
Sem ser um religioso
Repleto de fanatismo
Controverso intolerante
Alicerçado em achismo
Com miopia na visão
Não vendo a correlação
Tão pouco o paralelismo
XXIX
Que permeia as teorias
Tratando a evolução
Muito menos se afina
Nas notas da criação
Vibradas no big-bem
Que Adão gerara Cem
Depois que Saiu do chão
XXX
Dotado de um espírito
Do sopro do criador
Fez-se assim, alma vivente
Imagem do seu Senhor
Semelhante na essência
Por ter ele consciência
Vontade própria e amor.
XXXI
Lemos do Eclesiastes
Escrito por Salomão*
Que o pó que forma o homem
Retorne de volta ao chão
Porém a sua energia
Torne a fonte que um dia
Deu-lhe a Vida, com razão
XXXII
Seria lama sem alma
O homem, sem energia
Tal como um verso despido
Das vestes da trilogia
Sem rima e sem oração
Sem a metrificação
Fria letra, ele seria.
Fim.
*(Ec. 12, 7).