O Bandeirante (versão diminuída)

Uma história contarei,

Motivos do sucesso

E da queda lhes darei,

Aqui todo expresso,

Com mui grande exagero,

Mas que sim é sincero!

Quase mitológico,

É o que se tornou,

Corajoso e bélico,

Nessas terras cruzou,

Com os próprios motivos,

Tornou os consagrados.

 

Êxito, criam ser talento;

Foi por Iara que ganhou,

Pois por ela se encantou,

porém por suas razões sedento:

-teu povo verá liberto,

-mas preciso do caminho aberto.

Bela, reza ela, Iara;

Apaixonada por ela a terra,

Ordena a uirapuru,

-voa, voa ó cantante,

Dá passos ao Bandeirante,-;

Pobre sereia, crente

Encantou milhares,

Mas falhou com Tavares,

Paulista Bandeirante.

Sobem todos muitos,

Para os jesuítas expulsar,

e os índios aprisionar,

em seu grande ideal,

A Tavares grupo leal.

Ao Sul Bandeira embrenha,

De São Paulo até o Tape,

Uirapuru a espreitar

Aquela tão grande façanha,

Sem poder voltar à Iara,

Contar-lhe do homem mentira tão clara.

 

À Bahia contra Holanda,

Mais vitória conquista,

Invencível nesta terra;

À sua terra volta,

Com glórias de vitória,

Ao rei missão contempla.

 

Ave, à sua amada volta,

Das atrocidades do homem,

Com sua voz solta;

- Ai do meu povo,

culpa do desejo bobo!

-Ai, se a esta terra volta,

com a vida paga ele e seu povo!

 

Herói, ao Brasil retorna,

À sua gran maior jornada,

Crendo na vitória abençoada;

Mas contra ele, a terra luta,

Na bandeira dos limites...

Final desta glória,

Não sou eu quem cita,

Nos livros de história,

Sem fantasia, o fim de Tavares,

nos explicam.

 

Ariel Lira
Enviado por Ariel Lira em 26/11/2011
Reeditado em 26/11/2011
Código do texto: T3357600
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