Um copo de leite

A história que lhe trago

Fala da nossa missão

Sobre o que plantamos

E o fazemos de coração

Colheremos lá na frente

Se forem boas sementes

Melhor se multiplicarão

Vou falar de um rapaz

Que trabalhava de vendedor

Batia de porta em porta

Do pobre ou rico senhor

Com uma pilha de livros

Para alcançar seu objetivo

Pois queria ser doutor

Num dia de sol muito forte

Com um calor descomunal

Atrás de vender seus livros

Estava quase passando mal

Pediu água para beber

Mas se lhe desse comer

Seria o ideal

Vou lá naquela casa

Pedir algo para comer

Quando chamou no portão

Veio uma mulher atender

Ele não teve coragem

Estou somente de passagem

Tenho livros para vender

A mulher muito educada

Disse-lhe: vamos entrar

Sente, aqui um pouquinho

Somente para descansar

Antes que você não aceite

Tome este copo de leite

Para mais forte ficar

Tomou o copo de leite

E bem melhor se sentiu

Agradeceu á senhora

E logo depois saiu

Prometeu ali voltar

Quem sabe pra passear

E assim se despediu

Muitos anos se passaram

Em médico ele se formou

Naquela cidadezinha

Nunca mais ele voltou

A mulher adoeceu

E alguém lhe socorreu

Para o hospital lhe levou

Não sei se foi o destino

Ou a divina proteção

O rapaz ter se formado

Na área de coração

E a mulher precisar

De alguém para lhe operar

E ele estar de plantão

E ir parar no hospital

Onde ele trabalhava

De uma cirurgia delicada

Urgentemente precisava

Sua família não sabia

Se ela resistiria

Sua vida não esperava

O rapaz cuidou de tudo

A cirurgia realizou

Observando seu prontuário

Um grande susto tomou

Pois aquela mulherzinha

Era da cidadezinha

Onde o primeiro trabalho arranjou

Então ele a investigou

E sabem o que descobriu

Que era aquela mulher

Que um copo de leite o serviu

Quando ele teve certeza

Preparou-lhe uma surpresa

E o favor retribuiu

Como pagar as despesas

A conta do hospital

Quando ela melhorasse

Seria um golpe fatal

Era muito dinheiro

Ficaria em desespero

Isso não era legal

Quando alguém da família

Sua conta procurou

Até o próprio gerente

Com aquilo se admirou

A conta estava zerada

Já havia sido paga

Não sabiam quem pagou

Alguém pagou a dívida

E em seu prontuário escreveu

Há muito tempo foi paga

Com um copo de leite que deu

Faça o mesmo você também

O bem sem olhar a quem

O exemplo já conheceu

O bem que a gente faz

Ou então se for o mal

Não colhe na mesma hora,

No mesmo dia ou local

Tem sempre á hora certa

Deixe sua mente em alerta

E haja bem natural.

Claudia Pinheiro
Enviado por Claudia Pinheiro em 12/12/2011
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