A DISCUSSÃO DAS DUAS MULHERES.
Foi numa tarde de sábado,
Aos quatorze de janeiro,
Lá na grande salvador,
Que se deu o tal piseiro,
O tempo estava fechando,
Duas mulheres se agarrando,
Estava feio o salseiro.
Na casa de seu Arnaldo,
Eu estava a passear,
Logo após o almoço,
Resolvi então caminhar,
Sai pela rua a fora,
Já quase às dezesseis horas,
E a bagunça a desandar.
Tinha som de todo jeito,
Axé forró e lambada,
Com tanta gente bebendo,
Nos bares e nas calçadas,
Então ali tudo parou,
Quando a briga começou,
A rua ficou tomada.
Uma senhora gordinha,
Começou a discussão,
Gritando pra se acabar,
Um monte de palavrão,
Outra vestida de short,
Uma morena bem forte,
Respondia no portão.
A gordinha assim dizia,
Você vai ter que pagar,
Pois te emprestei o dinheiro,
E você quer me enganar,
Pois quando devo não nego,
Não vou sustentar nó cego,
Olhe você vá se lascar.
Vai se lascar é você,
Respondia à morena,
Com um short apertado,
E uma blusinha pequena,
Sentada numa calçada,
Toda feia descabelada,
Dava tristeza ver tal sena.
Imaginei logo ao ver,
Que era culpa da marvada,
Uma toda descomposta,
A outra quase pelada,
Só palavrão se ouvia,
E o povo que assistia,
Riam de toda palhaçada.
A coisa tava acalmando,
Quando chegou um sujeito,
De onde veio eu não sei,
Só sei que batia no peito,
Tomou as dores da gordinha,
E disse pra outra ó neguinha,
Você tenha mais respeito.
A morena se arretou,
E gritou em toda altura,
Disse olha você vá se fu...
Pondo as mãos na cintura,
Serve pra você e pra ela,
Um cachorro e uma cadela,
Não me venham com frescura.
Nesse momento passou,
Um vendedor ambulante,
Com um carrinho de som,
E parou naquele instante,
Encostando-se a uma faixa,
Ligando o som de sua caixa,
Com uma música horripilante.
Nem sei que música era,
Só sei que era batucada,
E o que me chamou a atenção,
Um sujeito que estava na calçada,
Foi só a música começar a tocar,
Que ele pôs-se a rebolar,
Que nem cobra desconjuntada.
O cara esqueceu a briga,
Que estava acontecendo,
Era um baita morenão,
No balanço se mexendo,
Se abaixando e levantado,
E todo o povo observando,
Um reboleixo tremendo.
Assim se deu esse caso,
No bairro caminhos de areia,
Na Manoel Barros de Azevedo,
Em meio a uma rua cheia,
As duas então se calaram,
Mas ficou no calendário,
Essa atitude tão feia.
Cosme B Araujo.
17/01/2012.
Foi numa tarde de sábado,
Aos quatorze de janeiro,
Lá na grande salvador,
Que se deu o tal piseiro,
O tempo estava fechando,
Duas mulheres se agarrando,
Estava feio o salseiro.
Na casa de seu Arnaldo,
Eu estava a passear,
Logo após o almoço,
Resolvi então caminhar,
Sai pela rua a fora,
Já quase às dezesseis horas,
E a bagunça a desandar.
Tinha som de todo jeito,
Axé forró e lambada,
Com tanta gente bebendo,
Nos bares e nas calçadas,
Então ali tudo parou,
Quando a briga começou,
A rua ficou tomada.
Uma senhora gordinha,
Começou a discussão,
Gritando pra se acabar,
Um monte de palavrão,
Outra vestida de short,
Uma morena bem forte,
Respondia no portão.
A gordinha assim dizia,
Você vai ter que pagar,
Pois te emprestei o dinheiro,
E você quer me enganar,
Pois quando devo não nego,
Não vou sustentar nó cego,
Olhe você vá se lascar.
Vai se lascar é você,
Respondia à morena,
Com um short apertado,
E uma blusinha pequena,
Sentada numa calçada,
Toda feia descabelada,
Dava tristeza ver tal sena.
Imaginei logo ao ver,
Que era culpa da marvada,
Uma toda descomposta,
A outra quase pelada,
Só palavrão se ouvia,
E o povo que assistia,
Riam de toda palhaçada.
A coisa tava acalmando,
Quando chegou um sujeito,
De onde veio eu não sei,
Só sei que batia no peito,
Tomou as dores da gordinha,
E disse pra outra ó neguinha,
Você tenha mais respeito.
A morena se arretou,
E gritou em toda altura,
Disse olha você vá se fu...
Pondo as mãos na cintura,
Serve pra você e pra ela,
Um cachorro e uma cadela,
Não me venham com frescura.
Nesse momento passou,
Um vendedor ambulante,
Com um carrinho de som,
E parou naquele instante,
Encostando-se a uma faixa,
Ligando o som de sua caixa,
Com uma música horripilante.
Nem sei que música era,
Só sei que era batucada,
E o que me chamou a atenção,
Um sujeito que estava na calçada,
Foi só a música começar a tocar,
Que ele pôs-se a rebolar,
Que nem cobra desconjuntada.
O cara esqueceu a briga,
Que estava acontecendo,
Era um baita morenão,
No balanço se mexendo,
Se abaixando e levantado,
E todo o povo observando,
Um reboleixo tremendo.
Assim se deu esse caso,
No bairro caminhos de areia,
Na Manoel Barros de Azevedo,
Em meio a uma rua cheia,
As duas então se calaram,
Mas ficou no calendário,
Essa atitude tão feia.
Cosme B Araujo.
17/01/2012.