O CAMPUS XXII DA UNEB
"Cordel alusivo à 1ª turma de alunos do CAMPUS XXII da UNEB - Universidade do Estado da Bahia - Curso de Letras com habilitação em Literatura Portuguesa - 2003"
O meu semestre primeiro,
Quase que ficou derradeiro;
Com tanta dificuldade,
Cheguei até passar mal.
Pensei ser causa da idade,
A minha confusão mental.
A UNEB se instalou,
Aqui em nossa cidade,
O Campus vinte e dois ficou,
Para ser a novidade;
A todos os alunos marcou,
Pela sua capacidade.
Quase oitenta calouros,
Ávidos por aprenderem,
Todos querendo os “louros”,
Gloriosos do saber;
As aulas se iniciaram,
E todos se engajaram.
O curso se iniciou,
Com trinta dias de atraso,
Com aulas complementares,
O diretor conclamou,
Para que déssemos esse passo;
Estão ai os meus males.
Freud, Freire, Platão, Sócrates,
Durkhein,Weber e Aristóteles;
Edna de psicologia,
Sobrenome complicado,
Eu fingia que entendia,
Ficava era mais “empacado”.
Filosofia é Leandro,
Pirado por natureza,
Me diz que é um espanto!!!
Afirmava com toda certeza,
Ser um simples apagador;
Um objeto pensador.
Ora vejam se duma esponja,
É para assim se pensar.
Se a gente ai não manja,
Na prova vai se “ferrar”.
Minha mente está confusa,
Esta ficando obtusa.
Patrícia, a da fala mansa,
Fala, fala, que não cansa,
Dessa tal sociologia;
Mas só ela que não via,
Os meus neurônios pifarem,
Entrarem em “curto” e gritarem.
Dulcinéia grande coroa,
História da Educação;
Mostrando que ainda é “boa”,
Se trajou como gatinha,
Com toda moderação...
Não é que ficou bonitinha?
Ivete, a bem sorridente,
Professora de Oficina;
Ferrou o Léo novamente,
Dizendo que o que ela ensina,
É para se colocar,
Do jeitinho que lá está.
Ai vem a baixinha,
Professora de português;
Com trejeitos de rainha,
Pegou errado a “ementa”,
“Lenhou” a gente de vez;
Quero ver quem é que agüenta.
Não deu o braço a torcer,
Cleyde, falou, falou e enrolou;
Errado vai ter que ser.
Assim a unidade ficou,
Pra gente se virar;
E no semestre avançar.
Fala muito convincente,
De Luiz Paulo, o Diretor;
Passou a perna na gente,
Com seu jeito de Doutor.
Ficamos foi encalacrados,
Neste semestre atropelado.
Alexandre Caramelo,
Sobrenome registrado,
Dá uma de que é belo,
Mas parece que é “viado”;
Pois ainda não comeu,
De mulher um bom bocado.
A Marta toda espigada,
Saltitante e apressada;
Controla a secretaria,
Toda burocratizada,
Mas o que ela mesma queria,
Era ficar sem fazer nada.
Na biblioteca, a Jane...
Dando pra todos os alunos...
Livros!... Não entrem em pane,
Mentes sujas, seus maldosos;
Ela é uma distinta senhora,
Mas da trova não fica de fora.
O pessoal da limpeza,
Tudo mundo boa gente,
Mantém tudo uma beleza;
Mas não há quem não comente,
De Ariosto o nariz grande,
Igual tromba d’um elefante.
A UNEB está começando,
Aqui em nossa cidade;
Eu também comentando,
Da minha dificuldade,
Dos assuntos captar;
Só não paro de estudar.
Um objetivo eu tenho,
Se eu posso você pode,
Meu diploma eu obtenho;
Mesmo com o ensino pesado,
Mas veja se não dá “bode”,
Na sua mente, prezado.
Dos colegas vou falar,
Daqueles mais chegados,
Falar não: - Vou gozar;
Pois são todos uns safados,
Também me descem a “ripa”,
Portanto: - Que tenham “tripa”.
Formamos uma “panela”,
Clube fechado e seleto,
E para não ter querela,
Com muita liberdade,
Falo do nosso objeto,
Que é a grande amizade.
Rone Costa, o da besta,
Anda agora com duas malas,
De contra peso uma cesta,
Cheia de livros e apostilas;
Que ele diz que estuda,
Ao Rone vou dar uma ajuda.
Minha colega Adriana,
Estudante dos pronomes,
Quase dá uma “banana”,
Pra professora bacana,
Mandando pra os conformes,
O português que não entona.
Joselito, o colega sargento,
Com a sua saudade infernal,
(Tem dias que não agüento)...
De “mergulho” a namorada,
Nesta paixão sem igual;
- Jéssica: - Sua idolatrada...
Adelson, o tímido colega,
Dizem que ainda é “donzelo”,
Vamos levá-lo num “brega”,
Pra ele ver o que é belo.
Adelson é a sensação,
Pois só ri à prestação.
Ricardo e Raimundo,
Êta duplinha infernal;
Curtem com todo mundo.
Ricardo não especula,
Neste espaço sideral,
O vôo da sua “libélula”.
Leilson, o contestador,
Rivelino o roqueiro,
Lembrando aos tucanistas;
José Nilson, motoqueiro,
José Roberto, professor,
Que nem fiado nem a vista.
Liliane fala até inglês,
Mas não soube informar,
Em correto português;
Quando lhe indagou assim:
Onde é que estava o pronome?
A professora Alecrim.
Até hoje ela procura,
Pelo pronome infame;
Ta aqui? Não. É esse? Não... loucura
Pagando um mico danado,
Nossa colega Liliane,
Deu um bode desgraçado.
Andréia a minha paixão,
Mesmo sendo minha chegada,
Não vou lhe perdoar não;
A sua vozinha de nada,
Quebra vidro, racha porta,
Da nossa sala de aula.
Maria Teles da Brahma,
Até hoje não fez uma graça,
Precisa fazer derrama,
De cerveja e cachaça,
Promover a integração,
Da turma numa comemoração.
Gilvany o mais novo papai,
A criança nasceu de tarde,
Soltou na sala um UAiii!!!
Dizendo que ele também,
Lá na maternidade,
Pariu um grande neném.
Antes que a coisa “esquente”,
Antes que o caldo “derrame”,
E eu aqui não agüente,
Com provável “bordoada”,
Melhor que eu me “escame”,
Lá pras bandas da “toada”.
Por aqui eu vou ficando,
E de todos me despeço;
Vou continuar estudando,
Não ando mais para trás,
E afirmo aqui de resto:
- Que “BURRO”, não fico mais.