MEMÓRIA DO SEXTETO

MEMÓRIA DO SEXTETO

"Revirando a saudade pra ver se passa..."

Não si interra o sexteto,

Nem pra fazer pirraça.

Nessa vida tudo passa,

Como se fosse graveto,

Vamo tomar a cachaça,

Para montar o livreto...

Primeiro vei o doutor,

Qui quase nem isamina.

Olha de baixo pra cima,

Correu, mas nada falou...

O Botto équi desconfiou,

Olhando desda esquina...

Injeção ele num toma,

Diz qui é coisa de viado,

Com sintomas piorado,

E uma febre de arromba,

Parece que o verso tomba,

Se num for logo tratado

Mas a Milla é infermeira,

E se dispõe dar um jeito,

Vai dar de mamar no peito,

Qui levanta de primeira.

Não gostei da brincadeira,

Por isso exijo respeito...

A Claraluna é qui costura,

Muitos dos versos rasgados,

Qui vão sendo restaurados,

Antes que vão pras alturas.

E portanto da sepultura,

O sexteto está liberado...

Obrigado mestre Miguel Jacó por sua presença e interação:

Cada morte anunciada,

Me dar frio na espinha,

Já estava acostumado,

Com o ritmo certinho,

Do sexteto consagrado,

De poetizas Divinas.

Se lhe pouparam a morte,

Que sejam logo aclamadas,

Mudando o nosso norte,

Com versos agalopados,

A competência lhes sobram

São fogos já consagrados.

Bom dia grande mestre Jacó Filho, seus versos ficaram primorosos homenageando a este sexteto impecável, um grande abraço a todas. e Um excelente final de semana,MJ.

Obrgada grande mestra Hull de La Fuente por sua presença e por tão pecioso presente:

Ocê tá desinterranu

o véio e bom Sexteto?

Tô aqui quasi choranu,

qué bagunçá meu coreto?

Ocê guardô essi textu

Di um tempu, noutro contextu,

já foi pagu essi boleto.

Eu qui já fui "Claraluna"

Juntu ca Milla Perêra

dexemu uma lacuna,

que deu inté choradêra

Curpa do Pedrim Goltara,

o véio Boto Taipara,

que partiu, grandi bestêra.

Cumpadi Airam tá sumido

cuidanu lá di sua roça

na Bahia é cunhicidu,

mas du Sextetu feiz troça.

Dizem qui tá amigadu

cum alguém malafamadu

tipu qui leva pra fossa

Mirah, bela puetisa,

qui mora im Juizdifora,

seu tempu economiza

du Sextetu foi simbora.

Só cuida dos gaguejanti

u seu trabai é bastanti

é assim qui vévi agora.

Adispois tevi u Catulo

bom pueta, diligenti,

qui sumiu tomém num pulo,

prumodi ficô duenti.

Tempu di filicidadi

Sextetu dexô sodadi

e essa dô qui eu num ingulo

Querido poeta, esta sua participação lá nas "artes" do Sexteto, nos deu muita alegria. Obrigada por publica aqui, depois de tanto tempo, um trechinho da nossa história. Abraços,

Para o texto: MEMÓRIA DO SEXTETO (T3492450)

Jacó Filho
Enviado por Jacó Filho em 11/02/2012
Reeditado em 12/02/2012
Código do texto: T3492450
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