AS DORES DA TERRA

AS DORES DA TERRA

O homem diante do mundo, nas teias do universo,

Faz-se o senhor de tudo, num caminho retrocesso.

Consumo desenfreado, para atender a demanda

Desse trem descarrilado, onde o mais forte manda

A fadiga implementada, é o cifrão da economia

Quanto mais alimentada, fundamenta a ironia

É quando a terra respira, p’rá poder manter-se viva

A ferida expande tanto, com a poluição ativa

Os raios riscando o céu, no compasso das ofensas

O papel do homem na terra, é de dar o melhor de si

Enquanto o planeta doente, quer auto-reconstruir

A perspectiva humana é, de auto-destruir

Ao mirar atento o céu, a harmonia dos planetas

Em uma galáxia distante, nas lentes de uma luneta

Sentimos que o ser humano, não é o ápice do plano

Poeira estelar rodando, perdidos naquilo que somos

Pois, ao envenenar a água, também se envenena o chão

Com os olhos vertendo lágrimas, envenenamos o pão.

Somos todos responsáveis , pela saga que criamos

O câncer que abrimos na terra, em nome do egoísmo

Talvez seja a última ferida, do ventre onde geramos

Ainda há espaço e tempo, p’rá sairmos desse abismo

Somos todos nós artífice, da oficina do “achismo”

Somos desenho cósmico, num profano sem sofismo

Nessa nossa pequenez, de aventura irracional

Enquanto nossa loucura, na estupidez desse mal

Sentiremos toda a fúria, desse somo que está

De cócoras quase deitado, em estado terminal

Na evolução das espécies, dessa estrela cadente

O elástico chega ao limite, sumindo com nossa semente.

Dinis
Enviado por Dinis em 13/02/2012
Código do texto: T3497094
Copyright © 2012. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.