* A bíblia e o carro *

Era uma vez um rapaz,

Que não gostava de estudar.

Suas notas eram baixas

E nada de se comportar.

Era uma decepção para seus pais,

Que semeavam amor e paz

E queria a palavra de Deus bem praticar.

Queriam vê-lo bem sucedido,

Bem culto e com boa formação.

Seu pai lhe propôs um acordo,

Para ver se dava certo ou não.

Filho, mude seu comportamento!

Melhore seu desenvolvimento!

E se dedique a uma profissão!

Se dedicar aos estudos

E passar no vestibular.

Dar-lhe-ei um carro de presente!

Para poder passear.

Era tudo o que ele queria!

E melhorar ele podia.

Resolveu a proposta, aceitar.

Imediatamente o rapaz,

Mudou radicalmente seu comportamento.

Parecia outra pessoa,

Estudava a todo o momento.

O pai estava feliz com a mudança.

Mas, preocupado com insegurança.

Perdendo-se em pensamento.

Temia que aquela mudança,

Fosse apenas em função do presente.

E não fruto de uma conversão.

De um filho bom e inteligente.

Chegou finalmente o grande dia!

O rapaz aguardava o resultado com alegria.

E a mesma foi positivamente.

Fora aprovado no vestibular!

A alegria foi total.

Como havia prometido,

O pai convidou a família, geral.

Para a festa de comemoração...

Pois naquela ocasião,

Comemoravam algo muito especial.

O rapaz aguardava ansioso pelo carro.

O pai começou a discursar,

Elogiou o esforço do filho,

Pelo resultado que conseguiu alcançar.

Passou-lhe as mãos uma caixa de presente,

Emocionado abriu-a rapidamente!

Imaginando ser a chave do carro que ia ganhar.

Para sua surpresa...

O pacote não continha o esperado.

Continha uma linda bíblia!

O rapaz ficou visivelmente decepcionado.

Nada falou, largou o presente e saiu.

Da festa imediatamente sumiu.

Deixando o presente ali jogado.

A partir daquele dia...

Não mais a palavra ao pai dirigiu.

Lutava pela sua independência,

Sentia-se traído, da casa de seus pais, saiu.

Foi morara numa república universitária.

Preferindo uma vida precária,

Ao conviver com quem sua confiança traiu.

Raramente mandava notícias para os pais,

Evitava qualquer aproximação.

Formou-se e conseguiu um bom emprego!

Com sua família mantinha pouca relação.

Seu pai de tristeza adoeceu...

E sem vontade de lutar pela vida, faleceu!

Seu filho apareceu nesta ocasião.

Cheio de mágoas ficou a distancia.

A velha mãe totalmente alquebrada.

Aproximou-se do filho e o entregou...

A bíblia que ainda estava embrulhada.

Dizendo ser sua última vontade!

Também sua maior felicidade!

Em sua única festa realizada.

Na volta do enterro, o rapaz...

Agora um homem feito e experiente!

Começou a abrir a tal caixa,

E contemplar com afeição o presente...

Que ganhara do pai naquela ocasião,

Quando abriu a bíblia, caiu um papel no chão.

Já bastante amarelado, bem diferente.

Era uma carta e um cheque datado,

De mais de dez anos atrás...

Escrito: Meu filho! Sei o quanto deseja este carro!

Seu esforço foi demais!

Aqui está o cheque para você mesmo comprar.

Escolha o modelo que mais lhe agradar...

Mas junto com ele lhe oferto algo mais.

Oferto-lhe o mais valioso dos presentes!

A bíblia, a palavra de Deus, a salvação.

Para que leia, medite, reflita!

Em qualquer circunstancia ou ocasião.

Sem ela, nenhum bem material terá valor!

Nela conhecerás as obras do criador.

Onde aprenderás sobre o amor e o perdão.

E que se deve fazer sempre o bem!

Não pelo prazer da recompensa.

Mas para ajudar o irmão.

E pelo dever da consciência.

Desejo que este carro seja apenas um argumento,

Para unir nossa família a qualquer momento.

Que Deus te abençoe e te dê muita inteligência!

Que esta bíblia seja o farol...

Que ilumina nossa união!

Parabéns! Meu querido e único filho!

De seu pai que te ama do fundo do coração!

O rapaz banhou o rosto com lágrimas!

Esqueceu o rancor e as mágoas...

Chorava, soluçando pedia seu pai perdão!

Para esses jovens de hoje...

Que, contudo ficam revoltados.

O exemplo deste filho...

Seria bem apropriado.

Para que possam refletir...

Respeitar, amar e com os pais contribuir.

Pois a família é um laço de amor sagrado!

Claudia Pinheiro
Enviado por Claudia Pinheiro em 21/04/2012
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