* Flores perdidas *

Até para as abelhas... Os tempos estão difíceis

E improdutivos, mas elas se viram.

Com a derrubada da mata,

As flores silvestres sumiram.

Tiveram que procurar matéria prima

É claro que se desanimam,

Mas nunca que desistiram.

Precisam de néctar...

Buscam uma substituição.

E o encontraram nas feiras,

No meio da população.

Nos lugares onde há vendedores

De cana e doces de vários sabores.

E começaram sua sucção.

Recolhem os restos de açúcar

Pelo homem industrializado.

E com eles continuam produzindo mel

E o fazem com um orgulho danado.

Não tão puro como antes,

Mas é muito gratificante.

Só elas, podem fazer naturalizado.

Quantas vezes na vida...

Nossas metas foram destruídas?

Uma decepção, um fracasso,

Um desgosto, uma ferida,

Uma desgraça, uma amargura...

Para qualquer criatura

As flores estão perdidas.

Perdendo nossa flor,

Nossa fonte de doçura.

O que tornava nossa vida feliz!

Só restará amargura.

Neste momento, temos que imitar.

A disposição das abelhas e ousar

Viver uma nova aventura.

Usando o que temos ao nosso alcance.

Uma palavra, um livro, uma lembrança,

Um sorriso, um pequeno gesto, uma prece.

Com fé sempre se alcança.

Procurando, sempre encontraremos...

Se com perseverança lutemos!

Sempre há uma esperança.

O importante é que continuemos

Produzindo nosso mel.

Que é o mais doce que o das abelhas,

Em busca do caminho pro céu.

E que somente nós podemos fabricar

Substitua sempre seu néctar

E levante bem alto este troféu.

Claudia Pinheiro
Enviado por Claudia Pinheiro em 15/08/2012
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