CATORZE ANOS DO ECA, O BALANÇO É POSITIVO (ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE - ECA).
CATORZE ANOS DO ECA, O BALANÇO É POSITIVO.
I
No dia 13 de julho
Cursando o ano noventa
Essa Pátria Mãe Gentil
Nosso futuro acalenta
Amparando a criança
Renovando a esperança
Num ato que implementa
II
Promulgando nesta data
Um estatuto avançado
Que honra e dignifica
As cores do nosso Estado
Neste ato competente
Visando o adolescente
Que está desamparado
III
Bem como, toda criança
Que não tem teto e nem pão
Vem O ECA garantindo
Para as tais a solução
O Estado dando os meios
O ECA traz os esteios
Para a Legislação
IV
Positivando as ações
Dentro do que legal
Instalando a estrutura
Do sertão a capital
Mudando a realidade
De cada comunidade
Que recebe o seu aval
V
Através das parcerias
Firmadas com entidades
Que tem caráter afins
Em suas atividades
O ECA dar o condão
Delegando a função
Para as finalidades
VI
Nos Conselhos tutelares
Como nas ONGs formais
O ECA vem lastreando
Os fundamentos morais
Que a norma principia
Como uma mais valia
Nas varas especiais
VII
Dirimindo as demandas
Respaldadas nos preceitos
Elencados nos artigos
Que garantem os direitos
Das crianças/adolescentes
Que não são mais delinqüentes
Nem marginais, nem “sujeitos”
VIII
O ECA quebrou conceitos
Trazendo a dignidade
Varrendo assim toda pecha
Da nossa sociedade
Dos “pivetes trombadinhas”
E das nossas menininhas
No sexo da “caridade”
IX
O ECA fechou as rotas
De um turismo imoral
Que denegria o Brasil
No cenário mundial
Dando ao jovem respeito
Elevando o seu conceito
No plano internacional.
X
Tem o ECA um guardião
A própria Promotoria
Que fiscaliza as Leis
Agindo como um vigia
Pelo dever de oficio
Combatendo todo vício
De quem a Lei contraria
XI
Nas lutas do dia-a-dia
Surgindo a necessidade
Para se ter um suporter
Em meio as dificuldades
Se levantam os gestores
Fiéis colaboradores
Debelando as tempestades.
XII
Você já imaginou
Como seria o Brasil
Sem ter a atuação
Desse Estatuto viril
como um Áio abnegado
Que ampara o rejeitado
Dessa Pátria varonil.
XIII
Venha entre nessa luta
Que é de toda Nação
Da família ao poder público
E de cada cidadão
Somos todos responsáveis
Pelas vidas miseráveis
Querendo isto ou não.
XIV
Não vou entrar na questão
Dos distúrbios sociais
Porém, defendo a tese
Que somos todos iguais
Gene do mesmo gameta
Gravado na caixa preta
Das curvas nas espirais
XV
Herança dos ancestrais
Desse modo consciente
Vamos ajudar o ECA
Dar um futuro decente
As crianças da nação
Estendendo a nossa Mão
Para assistir um carente
XVI
Indo ao Banco do Brasil
Fafazendo uma doação
Para o fundo de amparo
Das crianças da Nação
Que não teve a sua sorte
Forneça ao ECA um suporte
Garantindo educação
XVII
Note com muita atenção
Agora a conta corrente
É cinqüenta e quatro mil
E duzentos e oitenta
Bote um traço, depois seis
A agência é trinta e seis
Traço um, confirme em ente.
XVIII
Na duvida chame o gerente
Que terá satisfação
Em prestar assessoria
Nessa tão nobre ação
Depois guarde sua guia
Pra deduzir a quantia
Na sua declaração
XIX
Cumprindo sua missão
O ECA vai prosseguindo
Durante esses longos anos
Firme sempre resistindo
Pois seus colaboradores
Os Juízes, promotores
Muito vem contribuindo
XX
Pois eles vem impingindo
Uma blindagem ideal
Contra os ataques ferinos
Dos que semeiam o mal
Recrutando as criancinhas
Para fazer as “festinhas”
Burlando o poder legal.
XXI
No Congresso Nacional
Se orquestra um movimento
Para se mudar as regras
Com o “jogo” em andamento
Não se muda o que está certo
Vamos ficar bem esperto!
Nessa “massa” tem fermento.
XXII
Lembrei-me do Rui Barbosa
Quando em prosa ele dizia
Escrevendo para os moços
Que logo viria o dia
Que ser sincero e honesto
Seria assim tão funesto
Que pouca gente ousaria”
XIII
Mas temos convicção
Que estamos no caminho
Pois sonho só é um sonho
Quando sonhamos sozinho
Mas com a coletividade
Torna-se a realidade
Ainda que haja espinho.
XXIV
Por fim deixo um pensamento
Num tom de reflexão
Um dia a humanidade
Chegará a perfeição
Quando entender que o Ser
Tem mais valor que o ter
No grau da satisfação.
Fim.