* O vagalume *

O vagalume é um bichinho pequeno

Com uma beleza diferenciada.

Consegue brilhar á noite

Conduz uma parte do corpo iluminada.

Geralmente na cor verde fluorescente

Com uma luzinha reluzente

Que nos deixa encantada.

Uma luz ínfima, na verdade.

Mais forte o suficiente.

Para fazer brilhar a escuridão

E atrair a atenção da gente.

Com sua luz natural

Na região abdominal

Brilhando nos espaços eminentes.

Também conhecido como pirilampo.

Esperança fugidia ao anoitecer.

Nas cidadezinhas do interior

Faz gosto à gente ver.

Se piscarmos o olho um tiquinho

O acende e apaga do bichinho

Faz o encanto acontecer.

Não tem poder de iluminar

Os dias, as praças da cidade,

As celebridades da televisão.

Mas por sua unicidade

Possuem uma ímpar relevância

E um ar de elegância

Em sua simplicidade.

Sinto-me um pouco vagalume

Sem sua grandeza de luz.

Mas portadora de esperança

Por que o amor me conduz.

Ora surjo, ora cresço,

Ora sumo, ora apareço,

Ora venho em zig zag zus.

Há horas que ninguém me ver.

Mas não deixo de voar.

Exigindo atenção múltipla

Para quem quiser me encontrar.

Prefiro ser assim, essa luz fugidia.

E transmitir boa energia

Para aquele que precisar.

Todas as lâmpadas industrializadas

Vem com a potência registrada.

E o controle liga e desliga.

Prontas para serem usadas.

A minha luz ninguém controla

Não se vence, nem se isola.

Tampouco é fabricada.

Eu acendo, eu apago.

Decido a hora de clarear,

Escurecer ou fugir em zig zag,

Sem rastro nenhum deixar.

E essa liberdade de ir e vir,

Acender e apagar, desistir e insistir,

Eu gosto de imitar.

Claudia Pinheiro
Enviado por Claudia Pinheiro em 02/10/2012
Reeditado em 04/10/2012
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