A JANELA DETERMINANTE (C 31 Dez anos na montanha )

01 Dos movimentos corridos

No palco de minha vida

Da casa das professoras

Naquela mata perdida

A tela foi apontar

Minhas novas investidas

02 A luz que foi projetada

Pelo estranho menino

Apontou a minha vida

Quando eu tinha o destino

De andar pelas estradas

Indigente sem arrimo

03 Ali me vi caminhando

Num passado bem distante

Talvez uns cinquenta anos

Estava aquele horizonte

Numa estrada ensolarada

Entre montanhas e montes

04 A medida que eu seguia

Com um dos pés dolorido

Eu olhava para o alto

E via o céu colorido

E no monte uma casinha

Com brancura no sentido

05 Das lembranças projetadas

Ali eu me recordei

Que algo me impressionara

Quando a casinha avistei

E uma força me induzira

Vê-la de perto, pensei

06 As trilhas, pois eu deixei

E empreendi a subida

Por uma hora eu tive

Exercício e dura lida

Para perto eu chegar

Da casa desconhecida

07 Ao me aproximar, senti

Uma estranha sensação

Me pareceu ter chegado

Na boca de um vulcão

A casa era feita de rocha

Com brancura de algodão

08 Porém nela pude ver

Uma janela aberta

E olhando para dentro

Vi uma coisa incerta

Parecia uma avenida

Numa clareira deserta

09 Eu fiquei impressionado

Ao deparar com a visão

Pois lá no fim da clareira

Havia um forte clarão

Que provinha de um ponto

Parecendo um lampião

10 Uma chama oscilava

Tendo muita claridade

Diante do meu olhar

Eu via a realidade

Como num rodamoinho

Girando em velocidade

11 Ao menino inquiri

Sobre aquela visão

Pois me lembrava do fato

Porém sem revelação

Foi como um sonho louco

Fugiu de minha noção

12 O menino atencioso

Parou o filme um instante

E me explicou que aquela

Era casa da CONSTANTE

A janela, minha alma

Fator da DETERMINANTE!

continua...