PRA FESTA DE BICHO COBRA, SAPO NÃO QUER NEM CONVITE

Como diz a minha avó
Nem tudo é pra todo mundo,
“Trampo” não quer vagabundo,
E ninguém quer virar pó,
Muito menos tomar nó.
Quem casa não quer desquite,
Autor não quer que imite
Nem sua mais pobre obra,

Pra festa de bicho cobra
Sapo não quer nem convite!


Goleiro não quer golaço
Balançando a sua rede,
Boi não quer morrer de sede,
PolÍcia não quer cangaço,
Virgem quer perder cabaço
Pobre não curte a elite
Gordo não quer apetite
Porém come até a sobra

Pra festa de bicho cobra
Sapo não quer nem convite.


Quem vive na vida mansa
Não quer perder a mamata
E os homens da gravata
Não querem perder aliança
Quem não quer entrar na dança
Não tem vez, não dá palpite,
Quem não quer usar limite
Vive fazendo manobra

Pra festa de bicho cobra
Sapo não quer nem convite.


Quem não quer ir pra cadeia
Não pode querer o crime
Há quem não queira o regime
Mas mexe com a vida alheia
Quem não quiser levar peia
Suas confusões evite
Para ser ouvido grite
Quem não quer reto, desdobra

Pra festa de bicho cobra
Sapo não quer nem convite.


Quem queira ser aplaudido
Faça sempre a merecer
Quem for esse cordel ler
Não faça desentendido
Ainda mal produzido
Foi com carinho, acredite,
Não sou tão bom no grafite
Mas com fé um dia dobra

Pra festa de bicho cobra
Sapo não quer nem convite.


Edilson Biol
Enviado por Edilson Biol em 20/10/2012
Reeditado em 29/01/2013
Código do texto: T3942665
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