AS VISÕES DO MUNDO E A AÇÃO DO TEMPO (C 32 Dez dias numa montanha )
01 O que na tela aparecia
Me deixava admirado
Mesmo por que eu ouvia
Pelo menino falado
Duas palavras conhecidas
Com outros significados
02 A CONSTANTE era a casa
E todas coisas do mundo
A DETERMINANTE, o tempo
Apontado num segundo
Fração mínima usada
Pra revelar o profundo
03 Me encontrei embaraçado
Para tal entendimento
Pois na janela eu via
Dos humanos o movimento
Numa viração tão louca
Que me causava lamento
04 Diante da incompreensão
Que na hora me tomava
Perguntei para o menino
O que, que significava
A visão que ali na tela
Casa e janela mostrava
05 Com sua cordialidade
O menino me falou:
A CONSTANTE é tudo
Que Deus aqui criou
Porém a DETERMINANTE
Foi que tudo revelou
06 Constar significa
Algo que é existente
Mas se não houver o tempo
Para tornar consistente
Tudo se torna em nada
Nesse mundo aparente
07 Medite, ó Peregrino
Em tudo que contemplou
Deus criou o Universo
E nele o tempo instalou
Como um ponteiro que aponta
As obras que Ele formou
08 Assim, seu corpo, e tudo
Que no mundo é notado
Só aparece na constante
Quando ele é apontado
Pelo marco do momento
Que determina o estado
09 Eu confesso que ali
Fiquei com a mente perdida
Mas olhando na clareira
Eu percebia que a vida
Estava dentro do tempo
Numa constante investida
10 Naquelas visões na luz
Que o menino projetava
Finalmente entendi
Tudo que ele explicava
A existência das coisas
Era a via que mostrava
11 Mas existia um começo
Da clareira que ia além
Mas também havia um fim
Como se fosse um porém
O tempo determinava
O começo e fim que vem
12 Entendi que para ver
Aquelas coisas existentes
Só na janela da alma
Onde o ser está presente
Para saber dos mistérios
Criados por Deus vivente.
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