LUGAREJO
Ah! que sordade que dá
do meu véio Marajá
do cheiro forte do gado
que meu pai ia cuidar!
Do som do cantá do galo
nas manhã a me acordá
lá ia eu de caneca na mão
roubar das tetas preciosas
o leitim puro..o meu maná!
Sordade da minha pureza
da infância humilde e feliz
do lugarejo no meio do mato
regado pela mãe natureza!
E as brincadeiras à luz do luá
vibrantes, saudáves e livres
sem tecnologia a me contaminar!
Ah! que sordade que dá
do banho de Igarapé ao frio
lavando minha alma de prazer
dos frutos saudáves saboreados
à sombra de um pomá
Tal efeito esse tempo me causou
respiro a sordade que inda existe
do meu lugarejo cheio de amor!