A Flor e A Inflorescência - Outro cordel de Botânica

A Flor

Em cada verso que trago

Transcrevo de minha mente

Algum rabisco que canto

Que deixo ser diferente

Quero falar com excelência

Da flor e inflorescência

Pelas contas de um repente

Temos cálice, corola

Verticilos protetores

Androceu e gineceu

Estes são reprodutores

E todos no receptáculo

Compõem assim as flores.

A flor é considerada

Um ramo modificado

Metamorfose da folha

Muito bem organizado

Seu meristema apresenta

Crescimento determinado.

As flores sem perianto

São as aperiantadas

Com o cálice ou a corola

São monoperiantadas

Flores com os dois verticilos

São as diperiantadas.

Com cálice e corola

Semelhantes entre si

Chamamos homoclamídeas.

Com cálice e corola

Diferentes entre si

São as heteroclamídeas.

Com androceu e gineceu

Por monóclinas chamadas

São denominadas díclinas

Quando unissexuadas

Flores sem reprodução

São as esterilizadas.

Classificamos monoicas

Flores unissexuadas

Denominamos dioicas

Quando em plantas separadas

Podem ser hermafroditas

Como também misturadas.

Com simetria zigomorfa

Com um plano – bilateral

Simetria actinomorfa

Por dois planos – radial

As chamadas assimétricas

Se apresentam sem igual.

CÁLICE E COROLA

O cálice em geral tem

Sépalas esverdeadas

E chama-se gamossépalo

Quando as sépalas soldadas

Pode ser dialissépalo

Com as sépalas isoladas

E assim segue a corola

Que é formada por suas pétalas

Estas quando são unidas

São chamadas gamopétalas

Quando livres se apresentam

Chamamos dialipétalas.

Temos sépalas e pétalas

Noutra classificação

Ou trímeras ou pentâmeras

Pois quanto ao número são

Também são classificadas

Através da duração:

Sépalas quando no fruto

São chamadas persistentes

Também caducas, decíduas

Quando murchas, marcescentes

E além de persistir

Cercando fruto, acrescentes.

As pétalas quando caem

Antes da fecundação

São caducas nomeadas

E persistindo no fruto

Numa outra situação

Marcescente são chamadas.

Temos tais tipos de flores:

A crucífera e Rosácea

Radial/dialipétala

E também cariofilácea

Quando são bilaterais:

Papilionada, orquidácea.

Radial e gamopétala:

São tubular e rotada

A infundibuliforme

E também campanulada

A hipocrateriforme

Fecho com o tipo urceolada

Bilateral/gamopétala:

Começo com labiada;

Comum para as Asteraceae

É o tipo ligulada

Temos digitaliforme

E também a personada.

ANDROCEU E GINECEU

Findado com os protetores

Falo agora do androceu

Aparelho masculino

Com estames compreendeu

Possui antera e filete

E conectivo os prendeu

Pode haver só um estame

Como vários numa flor

Com diferentes tamanhos

Ou iguais que vem compor

Podem ser não-funcionais

E cada tipo uma cor

Soldadura dos estames:

Quando estames estão livres

Chamam-se dialistêmones.

Quando filetes soldados

Formando um ou vários feixes

Os chamamos gamostêmones.

E quanto a sua adelfia

Em um feixe – monoadelfos

Em dois; um feixe e estame

São assim os diadelfos

Da mesma forma com três

E seguem poliadelfos.

Seus filetes podem ser

Simples e ramificados

Estames pelas anteras

Também podem ser soldados

E estames coniventes

Por anteras encostados

À corola e soldadura

Os estames podem ser

Ou Inclusos ou Exsertos

Pode ou não aparecer

São chamados epipétalos

Quando às pétalas prender.

Inserção filete/antera:

Quando ao ápice prender

É chamada apicefixa

Pois não tem como esquecer

Pela base, basifixa

E dorsifixa entender.

Em relação à deiscência:

Temos longitudinal

Também temos poricida

Com seus poros na apical

Também pode ser valvar

Pelas valvas na dorsal.

O pólen é um corpúsculo

Nas anteras, encontrado

Quando em massas são políneos

Ou simples ou isolado

Ainda temos também

O composto ou agrupado

Apresentam duas membranas

Com seus dois núcleos ativos

Que origina as espermáticas

O núcleo reprodutivo

Que origina tubo polínico

É o núcleo nutritivo.

Chegamos ao gineceu

Aparelho feminino

Compõem-se de carpelos

Em um corpo muito fino

Formam um ou mais pistilos

Num conjunto pequenino.

Quanto à classificação:

Com carpelos começar

Quando livres entre si

É dialicarpelar

Com carpelos concrescidos

Tem-se gamocarpelar.

Ao número de carpelos

Podem ter um, dois ou mais

Uni-pluricarpelar

Com lóculos são iguais

Uni-plurilocular

Assim seguem os demais.

Um pistilo se compõe

Com ovário na basal

Segue a parte tubular

Com estilete vertical

Encerrado com estigma

Na região apical.

Quanto à posição do ovário

Ínfero em flores epíginas

E apresentam-se súperos

Hipóginas e períginas

Como também semi-ínfero

Semi-aderentes, períginas.

O óvulo é encontrado

No interior de seu ovário

O gameta feminino

Tem seu ponto originário

Internamente à nucela

Bem no saco embrionário.

TIPOS DE ÓVULO

Na posição vertical

Temos ovário ortótropo

Mas o tipo mais comum

Classificamos "anátropo"

Lembrando uma ferradura

Aparece o campilótropo.

PLACENTAÇÃO

Com óvulos presos no centro

Temos o tipo axial

Ovário com único lóculo

Classificamos central

E óvulos na parede

Chamamos parietal.

A Inflorescência

Agora as inflorescências

Para dar significado

Começamos com as basípetas

Na qual é determinado

E em seguida as acrópetas

Que cresce indeterminado.

São as indeterminadas

Que chamamos racemosas

Flores num único eixo

E mostrando-se formosas

São dispostas simplesmente

Bem presente nas frondosas.

E assim temos o cacho

Com flores pedunculadas

Pelos diferentes níveis

No principal arranjadas

Daí temos o corimbo

Que são formas variadas.

De flores sésseis, espiga

Espádice, amentilho

Continuamos umbela,

Seguindo a lição no trilho

Capítulo mais sicônio

Completando com seu brilho.

Para fechar nossa ideia

As racemosas compostas

Apresentando suas flores

Em vários eixos dispostas

São panículo e o tirso

Que concluem tais propostas.

As definidas cimosas:

Primeiramente monocásio

Com uma gema de cada vez

Com duas gemas um dicásio.

E as com mais de duas gemas

Compreende o pleiocásio.

Rodrigo Leonardo Costa de Oliveira
Enviado por Rodrigo Leonardo Costa de Oliveira em 30/12/2012
Código do texto: T4059532
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