NÃO É UM ALVORECER QUALQUER

No nascer do sol poema
Eu lembrei tanto da vida
Daquelas manhãs queridas
Do dia sem estratagema
Revivendo o bem-me-quer
Da praça, do seu Manué
Dos passeios sem alardes
Da vida sem tanta fossa
Alvorecer que lembra a roça
Não é um alvorecer qualquer

O meu corpo já desperta
Revivendo tantas danças
Daqueles dias de infância
As lembranças tão abertas
Pescador, linhas tão certas
Natureza a oferecer
Os homens a merecer
A vida com tanta bossa
Alvorecer que lembra a roça
Não é um alvorecer qualquer

Nas noites tanta bonança
Com cirandas, namoricos
Lembro bem é do Tonico
Menino fí da Constancia
Que punha flor nas minhas tranças
Sinto a vida enobrecer
Nas crianças a crescer
Uma pureza, Minha Nossa!
Alvorecer que lembra a roça
Não é um alvorecer qualquer



Andrea Cabral, a Moça dos Ventos
Moça dos Ventos (Andrea Amrta)
Enviado por Moça dos Ventos (Andrea Amrta) em 14/03/2007
Reeditado em 20/03/2007
Código do texto: T412767
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