TORCEDORES OU MARGINAIS?!

Testemunho com tristeza
Alguns acontecimentos
São lamentáveis eventos
Repletos de malvadeza
Que tisnam toda beleza
Dos embates esportivos
Atos reles, delitivos
Que merecem reprimenda
Pois não deve haver contenda
Nesses encontros festivos

Refiro-me a marginais
Que se infiltram nas torcidas
Por vezes tirando as vidas
De quem enxergam rivais
Quando um jogo é nada mais
Que lazer e diversão
Pode haver, sim, gozação
Sem nenhuma violência
Porém, falta consciência
Depois culpam a paixão

Sendo desse esporte amante
Sou frequentador de estádio
Tevê, internet ou rádio
Eu também curto bastante
Acompanho cada instante
Do meu time predileto
Brigar não acho correto
Se ganhar, tiro uma onda
Se perder, nem que me esconda
Sou "zoado" e fico quieto

Meu pai é botafoguense
Um irmão é vascaíno
Outro é Flamengo (oh, destino!)
Eu torço pro Fluminense
Confusão das grandes... Pense!
E em tempo de campeonato
Há provocação, de fato
Não pode ser doutro jeito
Tem sempre algum satisfeito
Os demais pagam o pato

Dependendo do momento
No campo fico nervoso
Perante um jogo horroroso
Vem o descontentamento
Até sobra xingamento
Ao time e não passa disso
Tenho em casa compromisso
Com os meus familiares
Agressão nesses lugares
Não vale a pena... É cediço

Alguns fãs do tal desporto
Fazem de praça de guerra
Estádios em toda terra
Inda vão pro aeroporto
Cobrar o seu time "morto"
Sem raça e brio, sem vontade
Mas não têm capacidade
De fazer essa cobrança
No papo, com temperança
Sem arma, agressividade

Perante a beligerância
Propagada em todo canto
O receio agora é tanto...
Por que tanta intolerância?!
Por que dar mais importância
A vaidades tão insanas?!
As condutas desumanas
Afastam quem é da paz
Que torce e bonito faz
Com atitudes bacanas