A ESPERANÇA NÂO MORRE...
 



Enfim, choveu no Nordeste,
Daquele povo sofrido,
Naquele sertão agreste,
Por muitos tão esquecidos.
São José o padroeiro,
Ouviu enfim muitas preces
Desse povo hospitaleiro
Sofrido, mas sempre alegre.

E tantos perderam tudo,
Até mesmo suas vaquinhas.
Sem esperança no futuro,
Venderam o pouco que tinham.
Mas bastou uma chuvinha
No dia de São José,
E a esperança que vinha
Coloriu mais sua fé.
 
Não se entrega, o sertanejo
E alimentando a esperança,
Ele espera o ano inteiro,
Pois ainda crê na bonança.
Pois a seca no Nordeste
Parece até coisa feita,
Mas ele não esmorece,
Planta, esperando a colheita.

Se num ano não chover,
Com certeza ele acredita
Confiando no poder,
Que em são José dedica.
Sendo assim o nordestino
Não desiste de viver.
Sofre, mas sempre sorrindo;
Nos “HOMENS,” ele não crê.

E de inchada na mão
Cultiva sua terrinha,
Tem sempre no coração
A fé que é quem lhes guia.
Quase sempre São José,
Se lembrando, manda chuva.
Aí, salve-se quem puder,
Porque o nordestino é LUTA!

Quando tudo está verdinho
Pois tudo que planta dá,
Nosso povo nordestino,
Cheio de fé vai rezar.
Agradecendo ao "padrinho"
Que sempre vem ajudar;
"Padre Cícero o santinho"
Que nasceu no Ceará.

v
20/03/2013 15:07 - Kid verso

Um cordel delicioso
Acabei de ler agora,
um coração precioso
 Fez chover e revigora.
Esperança sertaneja
Que está sempre na peleja
Ansiando por melhora.
Belíssimo cordel Isabelle, parabéns! Bjo.