O AMOR NÃO EXISTE - (dueto - Cordel)

Antonio Tavares de Lima / Aila Brito

Peço licença a você

Minha bela Aila Brito

Pra lhe contar agora

Com o coração bem contrito

Que o amor não existe

Pois nunca ouvi o seu grito

Nunca ouviu o seu grito

Porque decerto não atentou

Pros detalhes pequenos

Que o amor em ti plantou

Pára, escuta ao teu redor

Coisa boa em ti brotou

Coisa boa em mim brotou

Você agora me diz

Mas não sei se foi amor

Você me fazer feliz

Ou uma grande amizade

Mas você morre e não diz

Morro e não digo?! Verás!

Amor assim é um tesouro

Pois só verdadeiros amigos

Faz-se em dias vindouros

Ofereço-te, minh’amizade

Como um rico pote de ouro

Pra que um pote de ouro

Dado por uma amizade,

Não estou pedindo esmola,

Não vivo de caridade

Queria sim,teu amor,

Se existisse, em verdade.

Em verdade, existe

Disso, tenha certeza

Esse é um tipo de amor

Que concentra beleza

Amizade é amor puro

Só tem outra natureza

Minha poetisa Aila

Há três tipos de amor

Amor de mãe que eu acredito

O de Eros, não senhor

A amizade é formosa

Mas não é nenhum amor

Acho sim, que é amor

E é sentimento dos bons

Tem sempre um ombro amigo

Emoções, em cor e tons

Uma palavra acolhedora

Em melodias e bons sons

É um grande sentimento

Isto não posso negar

Mas amor mesmo poeta

Você tem que me provar

Não vá embrulhando a coisa

Não tente me enrolar

Enrolar-te, eu não pretendo

Estou aqui a esclarecer

A amizade verdadeira

É muito bom de se viver

Um pode contar com o outro

E os problemas resolver

Continua me enrolando

Não sei o que você quer

Eu digo que o amor não existe

Quero que me prove, ó mulher

Que ele existe no mundo

Prove se você puder

Posso provar só por mim

A ti é difícil convencer

Já falei do amor amigo

O quanto nos pode enaltecer

Tu recusas o tempo todo

O que eu posso fazer?

Não podes me convencer

Porque esta coisa não há

Nunca vi homem e mulher

Viver pra sempre num lar

Um dia é tapa daqui

No outro é tapa de lá

Quando a coisa tá assim

Não é amizade nem amor

É atitude covarde

Tremenda falta de pudor

Não se bate em mulher

Nem com uma fina flor

Eu já te disse Aíla

No amor de mãe acredito

Amor vem do coração

Limpo, puro e sem grito

A mãe morre pelo filho

Com o coração contrito

Com o coração contrito

Muitas vezes assim o é

Pois na pureza do amor

Ela é um anjo de fé

Mas, eu acredito também

No amor homem-mulher

....Mas com o homem e mulher

É uma bobagem total

O divórcio está aí

Para mostrar este mal

Por isto não me convenço

Só existe sexo, banal

Se é banal, a culpa, é do homem

O sexo, por Deus foi expresso

Em fazermos dele, um dom

Para termos bom sucesso

Deve ter, das cores, o tom

E magia, no real sexo

...Se você falar em sexo

Então vou me convencer

Hoje já se diz assim

Vamos fazer amor, bebê

Isto é sexo bem puro

Até gosto de fazer

Se tu gostas de fazer

Fazes então ao modo teu

Fico cá, com o velho amor

Minh’amizade feneceu

Digo que tu vás agora

Para os braços de Morfeu

( Grata ao poeta, Antonio Tavares de Lima, pelo convite, desse desafiador Cordel ) Bjs

XXX

Interação do poeta EDMILTON TORRES (Grata, poeta)

No dia em que o coração

De Antonio se apaixonar

Com certeza ele ouvirá

Do peito o amor gritar

E ao ouvir esse grito

Lembrará que Aila Brito

Tentou lhe ensinar amar

Aila Brito
Enviado por Aila Brito em 25/03/2013
Reeditado em 29/03/2013
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