O Pequeno Polegar em Cordel

Vou contar uma história

De um velho lenhador

Que tinha sete filhinhos

E os criava com amor

Mas a falta de recursos

Foi causando muita dor.

Eram crianças saudáveis

Que gostavam de brincar

O mais novo da família

Que o nome faz lembrar

Um dedo de nossa mão

É o Pequeno Polegar.

Certo dia o menino

Ouviu sua mãe falar

Ao marido, e preocupado

Não podiam alimentar

Seus filhos necessitavam

De alguém para cuidar.

Para a floresta os pais

Levaram os sete irmãos

Pelo caminho, Polegar

Marcava todo o chão

Para isso ele usava

Migalhas de puro pão.

Chegado o fim do dia

Perceberam os irmãos

Que os pais haviam sumido

Foi grande a aflição

Estavam todos perdidos

O que restava então?

Polegar que era esperto

Falou com sabedoria:

- Marquei o caminho de volta.

E logo ele percebia

Que os pedaços de pão

Os pássaros comido haviam.

Caminharam por toda noite

Até encontrarem uma casa

Abriu a porta uma mulher

E disse que ali morava

Um gigante, que crianças

Cruelmente devorava.

As crianças já exaustas

Resolveram ali ficar

Falou a boa mulher:

- Durmam, tentem descansar!

- Mas não fiquem por aqui,

Quando o gigante chegar.

O gigante então chegou

E percebeu que havia

Na casa alguma criança

Pois o cheiro ele sentia.

Mas que eram bem espertas

Isso ele não sabia.

Apavoradas as crianças

Pela janela fugiram

E o gigante ficou

Bastante enfurecido

As botas mágicas calçou

Saiu, causando perigo.

Muito cansado, o gigante

Parou para descansar

Dormiu ele sem saber

Onde as crianças encontrar

Ao acordar viu que as botas

Não estavam no lugar.

Um passarinho contou

Ao gigante, que as botas

Polegar havia levado

Pois queria a resposta

Com as botas ele achou

O seu caminho de volta.

Daquele dia em diante

O Pequeno Polegar

Tornou-se um mensageiro

Do rei daquele lugar

E sua família felizmente

Fome não veio passar.

Marta Gama
Enviado por Marta Gama em 21/05/2013
Reeditado em 05/08/2015
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