Brasil Sem Miséria é massa!

Hélder atento ao volante

Assim começamos a saga

Tem dois gumes a adaga

Pau dos Ferros e avante!

Enio outra vez demora

Porque por Dalila espera

Vamos, princesa, simbora

Já tava no ponto a galera

Nosso copiloto é o Roque

Parece uma figura silente

O moço faz cara de contente

Pois já passamos do Batoque

Pare o carro, diz Sulamita

Em Beberibe tem o almoço

A moça esperneia e grita

É fome no bucho, seu moço

E ao celular me apego

A TIM é a nova te engana

A gente paga uma grana

Celular não sai do prego

No Aracati, Cláudio Nogueira

Quem segue conosco, Adelle

Pra Hélder é a flor, La belle

De novo, lenha na fogueira

E então o celular dispara

É Dalila naquele chilique

Moça, venha de Guanabara

Depois, pegue uma Topic

Já se aproxima o destino

E Enio promete tapioca

Hélder só fala em Ypioca

Enio no vinho argentino

O jantar é no Barravento

O prato é o tal peixe Meca

O peixe demora, comento

Mas a gente come que peca

Seminário Brasil Sem Miséria

Simone, Júnior e Vamberto

Roberta é faceira, mas séria

E Everaldo sujeito esperto

No café, tapioca com queijo

Suco de tudo quanto é fruta

E Helder com a fome disputa

Toma dois cafés de lampejo

E então começa o evento

A dança de índios encanto

E o verso do negro um banto

A arte é da alma alimento

Vem negro jogar capoeira

É dança, esporte cultural

De Severiano a brincadeira

É viagem ao passado rural

Começa a mesa redonda

Falatório que não se acaba

Prefeito, segura tua onda

Cuidado com o oi da goiaba

Tem UERN, IF e UFERSA

CODESAOP e EMATER

Assistência rural é ATER

Experiência é bem diversa

FETRAF, Banco do Nordeste

De Arquileu e Zé Augusto

No SEBRAE, cabras da peste

A todos meu mucho gusto

No Alto Oeste Potiguar

Faremos forte parceria

Um comitê pra averiguar

Do jeitinho que’u queria

O fogão é ecoeficiente

Que força dará o IDER!

A fossa é verde, eficiente

ADELCO vem com toda fé

No almoço carne de sol

Na hora Hélder aparece

Poeta, vê se não esquece

Cuidado com o colesterol

E então Cláudio se atrapalha

Apresentação não acontece

Ô, macho, vê se não empalha

Cuidado, senão anoitece

E pro manejo do gergelim

O artista é o amigo Queiroga

Quarenta slides não têm fim

Aguentar Firmino, haja Yoga

Sobre mandioca o RENIVA

Jaeveson, então, é o cara

A mensagem é muito clara

Maniveiros na expectativa

Tecnologia boa e amigável

Um segredo é agroecologia

O SEBRAE tem metodologia

PAIS é produção sustentável

Macho véi, Cláudio é parada

O passo é conforme a perna

Quintal já vem com cisterna

Acumula água de enxurrada

Pra falar da tal permacultura

Barreira já vem na balada

Estilo de vida na agricultura

Perda zero a razão da jogada

Galinha caipira a proposta

Que Newton traz pro evento

Pras aves capim é alimento

O negócio é a grande aposta

Júnior, diagnóstico geral

E Franklin o mapeamento

Exercício é trilateral

Parceria, nosso argumento

Quatro eixos o final da tarefa

Gestão e organização social

Assistência e crédito no local

Mais parece a Copa da UEFA

Produção, processamento

Junto às tecnologias sociais

E a matriz de planejamento

Define os trabalhos grupais

A poesia que Enio declama

É cordel erro da vendedora

Ô, Simone, tu és uma dama

Se desmaiar seguro a doutora

Ao final Paulo vende a rifa

Da moto pra pagar o hotel

A máquina é zero, não pifa

Mas piada aumenta cordel

E o forró ao som do baião

Sanfona, triângulo, zabumba

Almoço, carneiro, rubacão

Um veín dançando a rumba

À noite, encontro no Buxixo

Comendo um pastel na telha

A comida naquele capricho

Mas, zoada de TV na orelha

Parada na Casa dos Arreios

Vaqueiro, origem no mouro

Sandálias e manta de couro

Sulamita compra sem freios

Hélder a van dirige e embala

Mossoró será o novo destino

Da caravana desejo repentino

A Cidadela e a Chuva de Bala

Marguerita com suco de uva

Várias pizzas na La Goccia Blu

Que beleza, dá trégua a chuva

Turma solta o grito: Woo Hoo

Na capela de São Vicente a araca

História da resistência ao ataque

Bando de Lampião sofre o baque

Morre jagunço valente, Jararaca

Na cabeça chapéu de couro

Passeando e tocando chocalho

E o tornozelo dói pra caralho

Amizade é melhor que ouro

Débora, minha amiga folgada

Chocalho de bode no pescoço

Faz chacota com moça e moço

A farra vai até de madrugada

Essa estória termina na cama

Do hotel, pois vem o cansaço

Ô, galera, não faça um drama

Até a próxima viagem, abraço!