Manhã preguiçosa

Acordei muito indisposto

Não querendo trabalhar

Foi difícil levantar

E meio a contra gosto

Fui jogar água no rosto

Mas o sono não passava

A manhã iniciava

Um tristonho nevoeiro

Eu olhava o travesseiro

E a cama me chamava

O lençol ainda quente

A esposa ali deitada

Que preguiça desgraçada

Não vou seguir em frente

Faltarei ao meu batente

E perder meu compromisso

Sei que vou pagar por isso

Mas não fico chateado

Terei o dia descontado

Mas irei faltar serviço

Alvorada de Outono

Céu totalmente nublado

Corria um vento gelado

Não me largava o sono

Porém eu não sou dono

Sou um simples funcionário

Que ganha um salário

Pra minha sobrevivência

Vivendo na dependência

De um maldito empresário

Já estou bem atrasado

Na manhã gelada e triste

Minha duvida persiste

Permaneço aqui deitado

Ou encaro o trem lotado

Aproveito a cama quente

Ou marco o expediente

Se levo bronca do patrão

Ou se dou pro coração

Esse dia de presente

Eu abri minha janela

Não vi gente apressada

Uma chuva acanhada

Na paisagem se revela

E a esposa muito bela

Sonhando despreocupada

Nos lábios uma risada

Delatava o conteúdo

Pedia pra eu largar tudo

E deitar com sua amada

E naquele momento

Tomei minha decisão

Retornei para o colchão

Sem arrependimento

Que se dane o pagamento

A mulher me vendo ao lado

Deu-me um beijo arretado

E depois da coisa pronta

Foi aí que me dei conta

Que hoje era feriado

P S ASSIS

Pietro Assis
Enviado por Pietro Assis em 15/06/2013
Código do texto: T4343297
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