O Bode e a quenga

O bode era osso duro de roer

Vivia muito sozinho

Precisava de uma mulher

Que lhe fizesse carinho

O pai do bode arranjou uma mulher

Que parecia uma santa

Logo começaram a namorar

E a alegria foi tanta

O bode se apaixonou tanto

Que pela mulher tudo fazia

Fez papel de santo

Comprava tudo que ela pedia

Mas a santa tinha outro lado

E fazia de tudo para esconder

O bode vivia sendo enganado

E não conseguia perceber

De dia

A santa era beata

De noite

A santa era Kenga

O bode ia pra roça

Para trabalhar

Com o Zé da Carroça

A santa ia brincar

Com o bode ia se deitar

Levantava de mansinho

Ia ao bar do Juninho

Para com ele se enroscar

De manhãzinha

Acordava ao lado do Bode

O bode ia estudar

E a santa mais uma vez vadiar

Mais um dia o Bode acordou

Botou a santa pra correr

Ela nunca mais voltou

E o bode começou a viver

Bruno Valverde
Enviado por Bruno Valverde em 20/08/2013
Reeditado em 11/05/2017
Código do texto: T4443111
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