SUPLICÁ DO CUMPADRE ZÉ 4
Deus do céu acodi cá
virgem santa poderosa
o sineiro tá badalano
o povo lá vem chegando.
Porta da capela aberta,
o santissímo tá no artar,
padre já pois a batina,
a missa vai cumeça.
Lá longe na vorta fria,
aponta duas cabeça,
cumpadi Jão a cavalo,
cumadi Zifirina caminha.
Ai Deus meu onipotente,
e minha santa poderosa,
estimo meu cumpadi Jão,
adoro a cumadi nossa.
Lá nas escadas da igreja,
veja qui coisa mais bela
banderola o vento sopra,
bandeira fica na vela.
Deus do céu,mi acodi cá,
sinto uma dor no peito,
cumpadi Jão é meu amigo,
Zifirina meu grande desejo.
Seu padri tu mi perdoa,
deste peso que carrégo,
meus zóios num qué oiá,
As ancas fartas da Zifirina.
Poem reparo Jucá Prego,
Procê eu posso falá,
Lá vem a cumade Zifa,
ispiá nossos zóio incontrá.
Sanfoneiro puxa o fole,
o baile vai cumeça,
a pueira tá é subindo,
lá no céu vai incontrá.
Zeca abriu sua butica,
para o povo embebedá,
pinga ruim já cai no copo,
guela sofre é prá daná.
Cumpadi Jão tá na sinuca,
Zifirina já tá na dança,
sei que ela vai mi permiti
di eu tirá ela pra dançá.
Quando oió o corpo d'ela,
no seu vistido chitado,
ai aai meu Deus do céu,
estô sintindo esse pecado.
Ela oiá prá mim,eu pá chão,
a vergonha é bicho danado,
Eu quero dizê pra ela,
qui quero os carinhos dela.
Criei coragem,aproximei,
fui puxando ela pru braço
ela aceitou o meu conviti,
fomos entrando no regaço.
Seu cheiru é fror do campo,
fui sintindo o bafo delá,
o seu coração pulando,
balançando o vistido delá.
Cumpadi Jão vem chegando
veumeio prá disgramá,
a pinga foi é prá cabeça,
ele vem mi atrapaiá.
Pega Zifirina pro braço,
vai levano ela pra casa,
eu fico com pena dela,
eu morro de amô por ela.
Agora vô pru butéco,
afogar a minha tristeza,
dançá eu num danço mais,
na festa da padrueirá.
Deus do céu vem mi ampará,
deste meu sofrer sem fim,
Cumpadi Jão é meu amigo,
Zifirina meu bão padecer.
Vou bebendo essa pinga,
discramada prá queimar,
vou levando a minha sina,
prás banda deste lugar.
Deus do céu acodi cá
virgem santa poderosa
o sineiro tá badalano
o povo lá vem chegando.
Porta da capela aberta,
o santissímo tá no artar,
padre já pois a batina,
a missa vai cumeça.
Lá longe na vorta fria,
aponta duas cabeça,
cumpadi Jão a cavalo,
cumadi Zifirina caminha.
Ai Deus meu onipotente,
e minha santa poderosa,
estimo meu cumpadi Jão,
adoro a cumadi nossa.
Lá nas escadas da igreja,
veja qui coisa mais bela
banderola o vento sopra,
bandeira fica na vela.
Deus do céu,mi acodi cá,
sinto uma dor no peito,
cumpadi Jão é meu amigo,
Zifirina meu grande desejo.
Seu padri tu mi perdoa,
deste peso que carrégo,
meus zóios num qué oiá,
As ancas fartas da Zifirina.
Poem reparo Jucá Prego,
Procê eu posso falá,
Lá vem a cumade Zifa,
ispiá nossos zóio incontrá.
Sanfoneiro puxa o fole,
o baile vai cumeça,
a pueira tá é subindo,
lá no céu vai incontrá.
Zeca abriu sua butica,
para o povo embebedá,
pinga ruim já cai no copo,
guela sofre é prá daná.
Cumpadi Jão tá na sinuca,
Zifirina já tá na dança,
sei que ela vai mi permiti
di eu tirá ela pra dançá.
Quando oió o corpo d'ela,
no seu vistido chitado,
ai aai meu Deus do céu,
estô sintindo esse pecado.
Ela oiá prá mim,eu pá chão,
a vergonha é bicho danado,
Eu quero dizê pra ela,
qui quero os carinhos dela.
Criei coragem,aproximei,
fui puxando ela pru braço
ela aceitou o meu conviti,
fomos entrando no regaço.
Seu cheiru é fror do campo,
fui sintindo o bafo delá,
o seu coração pulando,
balançando o vistido delá.
Cumpadi Jão vem chegando
veumeio prá disgramá,
a pinga foi é prá cabeça,
ele vem mi atrapaiá.
Pega Zifirina pro braço,
vai levano ela pra casa,
eu fico com pena dela,
eu morro de amô por ela.
Agora vô pru butéco,
afogar a minha tristeza,
dançá eu num danço mais,
na festa da padrueirá.
Deus do céu vem mi ampará,
deste meu sofrer sem fim,
Cumpadi Jão é meu amigo,
Zifirina meu bão padecer.
Vou bebendo essa pinga,
discramada prá queimar,
vou levando a minha sina,
prás banda deste lugar.