COISAS DA VIDA.02.

Essa vida é engraçada,

Sempre ouvimos dizer,

E nos prega cada peça,

De tristezas e prazer,

Se viver é bom de mais,

Pois só o vivo é capaz,

De as lições aprender.

Uma coisa muito certa,

Que nós vemos todo dia,

Enquanto uns estão rindo,

Se esbaldando na alegria,

É só olhar para o lado,

Que verás algum coitado,

Arquejando em agonia.

Vejam como essa vida,

É algo impressionante,

Pois está sujeito a tudo,

Os vivos a todo instante,

E pra aquele que espera,

Uma eterna primavera,

Sofre com os agravantes.

Perde-se tantas pessoas,

Por estrada não seguida,

Apenas por que caíram,

Nas artimanhas da lida,

Foram então derrotadas,

Tragados pelas ciladas,

Das tempestades da vida.

Tem esperança o pobre,

De um dia ter riquezas,

Planeja o tempo a dizer,

Vou ser feliz que beleza,

E quando isso acontece,

A sua vida embravece,

Vai ver que não é moleza.

O homem passa o tempo,

A se apegar no que tem,

Seja rico, ou seja, pobre,

Isso não importa quem,

Vão viver escravizados,

Todo que comprar fiado,

E não escapa ninguém.

Pior que levar um fora,

É um chute na canela,

Canta o poeta simplório,

Sorria que a vida é bela,

O cabra que não aprende,

Nem a justiça defende,

E o cozido destempera.

Já vi que a coisa é brava,

Pra aquele que dá moleza,

Quem só vive escolhendo,

Vive muitas incertezas,

Já ouço desde menino,

Cada um faz seu destino,

Se de bonanças ou dureza.

Acidentes acontecem,

Isso é fato consumado,

Escapar desse aperreio,

Se passar pro outro lado,

Por lá não tem valentão,

Foi pra debaixo do chão,

Fica calmo e sossegado.

Tenho visto cada coisa,

Que é mesmo de arrepiar,

Feito por muitas pessoas,

Apenas pra se mostrar,

São as formigas diferentes,

Criam asas e infelizmente,

Sustentam os tamanduás.

Nessa vida sofre muito,

Quem não tem experiência,

Mas paca o maior sufoco,

O que não tem competência,

O bem todo mundo espera,

Mas quando vem a miséria,

Todos pedem por clemência.

É pelo cordão umbilical,

Pois que se alimenta o feto,

Sem merecer colhem o mal,

Os bons que não são alertos,

Bom de cabeça é o repolho,

Mas pôe as barba de molho,

Todo aquele que é esperto.

Dizem que macaco gordo,

Vive só de quebrar galho,

Conta com o pinto no ovo,

Quem se arrisca no baralho,

O mundo é do mais esperto,

O céu é dos mais honestos,

Burro fujão quer chocalho.

Já dizia o homem sábio,

A onde há luto há tristeza,

Porem melhor é está ali,

Que ter banquete à mesa,

Não se acha em velório,

Entusiasmado auditório,

Onde há luto com certeza.

O filho sábio corresponde,

Aos conselhos de seus pais,

Assim evita as tormentas,

Que provocam tristes ais,

Dessa forma os obedientes,

Demonstram-se inteligentes,

Com tudo pra viver em paz.

Enquanto o obstinado,

Tem o sofrer por quinhão,

Pelo tempo é perseguido,

Sofrendo de tal marcação,

Por não agir com a cabeça,

Padece que nem uma besta,

Na colheita do algodão.

Um ditado muito antigo,

Vai o anel ficam os dedos,

Quem fala da vida alheia,

Enrola a vida bem cedo,

Nunca se dê por vencido,

Mas creia leitor amigo,

Quem tem fiofó tem medo.

Rico vive na bonança,

O pobre vive quebrado,

Mas a grande esperança,

Leva-o além do esperado,

Quem vive de sobreaviso,

Pode até ter prejuízos,

Mas nunca fica enganado.

A verdade não se esconde,

Nem tão pouco a mentira,

São todas duas inimigas,

Se uma brota outra expira,

Porem são coisas da vida,

Só presta em certa medida,

E se não quer crer confira.

Cosme B Araujo.

06/10/2013.

CBPOESIAS
Enviado por CBPOESIAS em 06/10/2013
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