* Os cálices *

Um homem havia sido preso

Acusado de ladrão.

Passados alguns anos

Tivera libertação.

Sem ter para onde ir

Sem emprego conseguir

Era triste a situação.

Perambulava pelas ruas

Este pobre abandonado.

Ás vezes encontrava alguém

Que lhe dava um bocado

Para satisfazer a fome

Pois, a vida deste homem.

Era um tanto sufocado.

Até que o bispo da cidade

Acolheu em seu aposento.

Dando carinho, moradia,

Proteção e alimento.

Fique o tempo que precisar

Até encontrar um lugar

De adquirir seu sustento.

A casa do bispo era simples

Não tinha nada de valor.

O mais valioso bem

Que por ali encontrou.

Foram dois cálices de ouro

Dois verdadeiros tesouros

Que este logo lhe mostrou.

Ele sentia-se seguro

Mas, não era o que queria.

Morar na casa do bispo

Não tinha muita simpatia.

Um dia planejou fugir

Ir para longe dali

Procurar outra moradia.

Executou o seu plano

Levando um cálice consigo.

Mas, no meio da viagem,

Passou um grande perigo.

A polícia o abordou

O cálice de ouro encontrou

- O que é isso, amigo?

De quem roubaste este cálice?

Já sabemos que és ladrão.

- Eu juro que não roubei,

Está fazendo confusão

Foi o bispo que me deu

É um grande amigo meu

Que trago no coração.

Só que o indivíduo sabia

Que roubou e estava fugindo.

Os policiais desconfiados

Que ele estivesse mentindo.

Vamos à casa do bispo

Se ele confirmar isso.

A gente lhe solta sorrindo.

Levaram-no a casa do bispo

Nesta mesma ocasião.

Chegando lá perguntaram

- Conheces este ladrão?

Ele tem um cálice de ouro

Um verdadeiro tesouro

Coisa de estimação.

O bispo olhou para o homem

O mesmo reconheceu.

Foi lá dentro e trouxe o outro

- Olhe o que você esqueceu!

Entregando em suas mãos

- Leve, eu faço questão.

Não disse que os dois eram seus!

Com esta reação do bispo,

O homem se espantou.

Pensava que ia ser preso

Pelo cálice que roubou.

Mas, teve absolvição.

Ele aprendeu a lição

E nunca mais ele roubou.

Tornou-se um homem melhor,

Compreensivo, generoso,

Que procura ajudar os outros

Nos caminhos pedregosos.

Não condenando ninguém

Ajudando a quem convém

Como exemplo do glorioso.

Claudia Pinheiro
Enviado por Claudia Pinheiro em 17/12/2013
Reeditado em 04/04/2014
Código do texto: T4615979
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