E disseram...

E disseram...

E disseram pra mim que sou poeta,

que carrego a missão, transporto a meta

de encantar o planeta com meus versos.

Foi, então, quando o amor tocou meu peito,

que eu fiquei meio assim, daquele jeito

e subi, fui cantar lá no Universo.

Era um anjo, porém mudei meus planos,

envolvi-me no mundo dos humanos

e transtornos na vida conheci.

Naveguei pelo mares da saudade

e conheci a essência da maldade,

só meu Deus sabe o quanto que eu sofri.

o tempo passa, a vida continua...

Lá no céu, mesmo sol e mesma lua.

na terra o mesmo enredo a mesma sina.

Preparo, com carinho o meu canteiro,

mas não consigo encontrar lá no celeiro

aquilo que plantei com disciplina.

Quando eu chego um amor se faz presente,

pois talvez tenha a luz do Onipotente

salpicando paixão nos versos meus.

Mas pouco importa, a festa dura pouco,

então choro, soluço, fico rouco

e não posso, sequer, dizer adeus.

Mas, poeta, transformo em poesia

a minha história, minhas agonias...

Talvez seja, no mundo, o meu papel.

Enquanto houver, da musa, aquele olhar,

meu destino eu não posso abandonar,

vou cantando em sextilha o meu cordel.

Gilson Faustino Maia

Gilson Faustino Maia
Enviado por Gilson Faustino Maia em 30/01/2014
Código do texto: T4670773
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2014. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.