Eu te chamei de Vitória para ser minha Lisbela

No dia que eu te conhecer

Quero soltar um rojão

Que me leve as mágoas todas

Livrando meu coração

Quero recitar meu verso

Te mostrar meu universo

Em galope ou em mourão.

Inda quero te contar

A vida com a poesia

E escrever um cordel

Que repasse a alegria

Rimando com bê-a-bá

Não deixando de falar

Como foi esse meu dia.

Neste dia eu vou fazer

Uma bonita festança

Vou te escolher um vestido

Com as cores de uma criança

E vou te pegar no colo

Se tu chorar eu consolo

Com canção da Pirritança.

Vou falar com a bisavó

Pra ela ficar sabendo

E contar pra Seu Pirrito

Pra ele ir precavendo:

" - Aumentou minha família

Vou logo comprar mobília

E todos ficam cabendo".

E também vou celebrar

Com um banquete de primeira

Cozinhar ovo e cuscuz

E comprar fruta na feira

Vou comer peixe e paçoca

Seja em Roraima ou na roça

Ou na jaboticabeira.

Agora mamãe e papai

Bem que estavam te esperando

Viram vovô e vovó

Também vão te abençoando

Não verei tanta alegria

Tão maior que nesse dia

Com esses velhos caducando.

Na igreja vou rezar

E a Deus agradecer

Por mim e pela mamãe

Por Ele nos conceder

Essa graça abençoada

Com muito amor nos foi dada

Que foi educar você.

E você vai ser Maria

Como segue a tradição

São assim suas avós

E mamãe no coração

Mas não terá um só dia

Que não farei cantoria

Com o seu nome num quadrão.

Eu te chamaria de flor

Porém não teria mais bela

Depois pensei que seu nome

Tivesse numa aquarela

E recorri para história

Eu te chamei de Vitória

Para ser minha Lisbela.

Rodrigo Leonardo Costa de Oliveira
Enviado por Rodrigo Leonardo Costa de Oliveira em 24/07/2014
Reeditado em 09/08/2014
Código do texto: T4895355
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2014. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.