SOMA O EGO, COM A ECO, TEM-SE AO FIM, UM HOMO SAPIENS.

SOMA O EGO, COM A ECO,

TEM-SE AO FIM, UM HOMO SAPIENS.

I

Direto do pai das luzes

Recebo a inspiração

Pois pensando em escrever

Faço a conexão

Na fonte da energia

Que liga com harmonia

Minha mente ao coração

II

Misturo amor com razão

Deixo fora a fantasia

Para vencer os embates

Nas lutas do dia-a-dia

Entre a fé e a ciência

Pois não há incongruência

Fazendo uma analogia.

III

Entre a letra que é fria

Nos 2 mais 2 da ciência

Que esbarra em um teto

No plano da aparência

Com a Centelha Imortal

Que transcende o natural

Revelando a existência

IV

Do haja Luz, por Essência

Na gene da criação

Ou no “bing” da estrela

Raiz da evolução

Sendo uma vertical

E a outra horizontal

Paralela com o chão

V

Uma faz a ligação

Ao mundo espiritual

Pois aponta para cima

No seu plano vertical

Dando o discernimento

Bem como o entendimento

Pra se transpor um portal

VI

Que leva ao transcendental

Onde é eterno o momento

Onde a distância é vencida

Num “flash” de pensamento

Esse lugar logo alcança

Quem se fizer tal criança

Pelo novo nascimento

VII

Tendo o seu procedimento

Fundado na temperança

No amor na caridade

Como o fiel da balança

Promove sempre a justiça

Despojado da cobiça

Suborno não lhe alcança

VIII

Refletindo a semelhança

No caráter é a imagem

De um Pai Maravilhoso

Traduz a sua mensagem

Como um perfeito canal

Para o homem horizontal

Em seu estado selvagem

IX

Que diz que tem a bagagem

Que possui cosmo-visão

Que tem até doutorado

Na matéria evolução

Com muita filosofia

Na fenomenologia

Esteia sua lição

X

Dizendo diante mão

Que agora o que se ver

Nesse presente momento

Desde o seu alvorecer

Até ao fim, no ocaso

O fenômeno do acaso

Fez tudo aqui florescer

XI

Com isso ele quer dizer

Na tese que é defendida

Que de forma aleatória

Do acaso veio a vida

Depois da grande explosão*

Surgiu toda essa expansão

Que por nós é percebida

XII

Com essa estória comprida

Sem ter pé e nem cabeça

Para um homem horizontal*

Por incrível que pareça

Exerce grande influência

Gerando nele a tendência

Para que de fato esqueça

XIII

Dum criador que mereça

Destaque ou sua atenção

Pois prova por “A” mais “B”

Que a tese da criação

Não passa de um engodo

Pois a vida vem do lodo

Pelos átomos em fusão

XIV

Da simbiótica união

Veio o uno celular

Os germes e bactérias

Começaram a namorar

Depois que a terra esfriou

Do gelo que dissipou

No calor da luz solar

XV

Brotaram as águas do mar

Com as chuvas que caíram

Deu-se a sublimação

Alimárias emergiram

Do girino ao bicho homem

Que uns aos outros consomem

Por um “acaso” surgiram.

XVI

Desses que logo aderiram

Ao ensino equivocado

Eu só tenho um sentimento

Que deixo aqui registrado

Visto que morro de pena

Intuindo a triste cena

Vendo um mano acorrentado

XVII

Sendo no fogo lançado

Cheio da própria razão

Limitado a este plano

No alcance da visão

Ofuscado na “ciência”

Cauteriza a consciência

Perdendo a intuição

XVIII

Que tira um homem do chão

Desse estado de animal

Libertando-o dos sentidos

Que no homem é natural

Que não rompe a sepultura

Nem ultrapassa uma altura

Dalém do seu plano astral

XIX

Aonde tudo a final

Realmente começou

Na ordem, faça-se Luz!

Quinem trovão estrondou

Categórica Imperativa

Consciente Criativa

Do jeito quEle traçou.

XX

Confesso que eu estou

Totalmente abismado

Com o prisma da visão

Que me foi descortinado

Revelando o espantoso

Modo que O Maravilhoso

Teceu esse emaranhado.

XXI

Nesse singelo traçado

Não tenho como explicar

Pois em mim faltam palavras

Pra que eu possa me expressar

Visto ser tão formidável

Logo, se torna inefável

Para um homem relatar

XXII

Mas aqui posso ilustrar

Como fez o velho João

Narrando o apocalipse

Depois da grande visão*

Chamou de besta um piloto

Bem como de gafanhoto*

Um possante avião

XXIII

Dizendo ser um dragão

Um governo ou seu sistema

Contendo sete cabeças

Alinhadas num “esquema”

Sendo o chifre arma potente

Nas mãos de um inclemente

Bloco em seu “estratagema”.

XXIV

Sanado assim o dilema

Tanjo uma alegoria

Por ser a mais adequada

Arte da filosofia

Para dissecar um fato

Com as nuances do ato

Despido da fantasia.

XXV

Pra fazer que a luz do dia

Brilhe em densa escuridão*

Onde, até o mais incauto

Venha a ter percepção

Por ter nele o implemento*

Que rege o seu pensamento

Pra uma certa direção

XXVI

Tal como um diapasão

Que afina um instrumento

Para tocar em conjunto

Em um majestoso evento

Uma linda sinfonia

Na mais perfeita harmonia

Sem haver um contratempo.

XXVII

Assim, nas asas do vento

Vi num palco cintilante

Um sublime Ser vestido

Num fino véu radiante

Envolto num fogo ardente

Que não consumia o Ente

Achei aquilo intrigante

XXVIII

Com isso naquele instante

Procurei ver bem de perto

Aquela cena espantosa

De um Ser todo coberto

Em um fogo abrasador

Que tinha o esplendor

Do sol quente no deserto

XXIX

Estando de olho aberto

Contemplando aquela cena

Percebi que eu estava

No meio de uma arena

De um palco exuberante

Soou num alto-falante

Uma voz meiga e serena

XXX

Vem comigo vale a pena

Disse o Ser abrasador

Nisso fui para a fornalha

Mas não sentia o calor

Antes tive um refrigério

Embarcando no mistério

Desse campo multicor

XXXI

Vislumbrei todo esplendor

Do cosmo em sua extensão

Vês toda essa maravilha?

São obras da minha mão!

Falou-me o Ser majestoso

Nisso um coro glorioso

Começou uma canção

XXXII

Que dizia em seu refrão

Tudo está feito Senhor

Do jeito que ordenastes

Canta o cosmo em louvor

Tributando adoração

Por fim toda criação

Glorifica ao Criador!

XXXIII

Desde a mais singela flor

Ao homem incipiente

Que brotou no paraíso

Em seu estado inocente

Está tudo consumado

Até está preparado

O lago de fogo ardente

XXXIV

Onde a besta e a serpente

Bem como o vil dragão

O inferno e a morte

Juntos com a multidão

Dos que amam este mundo

Naquele abismo profundo

Para sempre queimarão.

XXXV

Orgulhosos da razão

Ínfimos nos pensamentos

Por não ter intuição

Não ver que os elementos

Água, terra, fogo e ar

Sem alguém manipular

Jamais terão sentimentos

XXXVI

Consciente dos eventos

Vejo que a evolução

Perde a proeminência

Tendo assim a criação

Uma maior consistência

Na lógica da consciência

Tem de DEUS a longa mão.

XXXVII

Tirando o homem do chão

Consciente e carregado

Pela partícula de Luz

Que deixa o ser animado

Visto ser fundamental

Na seleção natural

Que foi por Ele ordenado

XXXVIII

Eu fico maravilhado

Vendo a tal evolução

Na formação das espécies

Nisso o Darwin tem razão

Pelo ancestral comum

Pois Deus fez todas de um

Finalizando em Adão

XXXIX

Einstein meu nobre irmão

Declarou com veemência

Que a nossa intuição

Excede a experiência

Que vem da transpiração*

Porém a inspiração

Faz parte da consciência.

XL

Indo além da aparência

Ele chegou muito perto

Vendo a relatividade

De um espaço aberto

Que anula uma distância

Tempo não tem relevância

Nesse lugar, disse Alberto.

XLI

Mesmo estando encoberto

Deu ele o seu pontapé

Visto ser um cientista

Que nunca perdeu a fé

Contemplando o invisível

Disse que era possível

Nosso tempo andar de ré

XLII

Por fim, como fez Noé

Chamo aqui sua atenção

Para o risco que tu corres

Meu estimado irmão

Vivendo no ceticismo

Pois só o Cristianismo

Nos garante a salvação

XLIII

Por ser Ele a expressão

Escrita de um grande Amor

Onde um justo deu a vida

Por um homem pecador

Que estava condenado

Para ser crucificado

Num espetáculo de horror

XLIV

Nisso eu vejo o Criador

Tangendo a evolução

Moendo as criaturas

Que brotavam deste chão

Em prol da humanidade

Por ser ela na verdade

Coroa da criação.

Fim.

José Lucena de Mossoró
Enviado por José Lucena de Mossoró em 17/08/2014
Reeditado em 25/08/2014
Código do texto: T4926374
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