Incendeia
Incendeia
Bota fogo em meu peito, sorte a minha,
com seu andar macio, delicado,
e vou ficando mais apaixonado
querendo te fazer minha rainha.
Rainha que não vê nem adivinha
o que mexe comigo, de verdade.
Vagando pelas ruas da cidade,
sinto um cheiro de vida que alucina,
porém se desligado, dobro a esquina,
tudo é passado, só resta a saudade.
Bota fogo em meu sangue e agita tudo,
faz nascer, na mente, a poesia,
ressuscita o meu sonho e na alegria,
faz meu rosto deixar de ser sisudo.
Traz de volta o meu canto, agora mudo,
bota fogo e extermina a ansiedade.
Meus olhos querem ver felicidade,
aquela mesma louca busca antiga,
mas olho em volta e vejo só fadiga,
tudo é passado, só resta a saudade.
Gilson Faustino Maia