CORDEL DO DESABAFO

O MOÇO
Amo a podre que se foi
Com pranto e desalento
Dizia o moço
Quero morrer nesse momento.



A MOÇA
Escrevi nas estrelas
Quão grande é o amor
De grandeza não se vivi
Moço traidor.



O MOÇO
Me resumo nas canções
Foi teu nome que chamei
Nas estrelas escrevi
Pois nelas te encontrei.



A MOÇA
Na fúria do ar, não te namorei
Deixo o rico, vivo com o podre
Nos prados verdejantes
Saudade não é maldição
Pois não somos amantes.



O MOÇO
Sorriso nos gemidos
Na sandice e fidalgia
Quando outra encontrei
Minha rosa de acuçena
Fique por aqui, pois a deixei.



A MOÇA
Acuçena deixo de ser
Pois assim me chamou
Moço FLOR maldição
O desespero te alcançou.



O MOÇO
Correu as brisas
Na fúria que falou
Dores, prazer, ventura serena a acompanhou
Murchou a flor
Acuçena do amor.



A MOÇA
Moço FLOR
Faço versos e te dou
Pois te amei
Mesmo assim me deixou
Era asa perfumada
Mas espinho tu plantou.



O MOÇO
Oh! Quantos beijos eu te dei
Sempre longe não esquecerei
Estando com outra
Nos pensamentos a levarei.



A MOÇA
Pois então fica assim
FLOR de galhos secos
No murmúrio dos teus versos
Encantos já passou soletrando
Guardo apenas fotos que junto ficou.



O MOÇO
Soluço é o eco que escuto
Embalando- me em outros braços
Morena Acuçena
Será sempre meu regaço.



A MOÇA
O encontro foi turbulento
Esperando aquele voou
Dando-me carona no sangrento coração
Fostes embora sem arrependimento
Na voz da covarde alucinação.

jey lima valadares**13:13**01-11-2014**itagibá
Jey Lima Valadares
Enviado por Jey Lima Valadares em 03/11/2014
Reeditado em 16/11/2014
Código do texto: T5021465
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