A LENDA DA SERPENTE DE SÃO LUÍS

A Ilha de São Luís

É um lugar encantado,

Que pode nos transportar

De volta para o passado

Com suas ruas estreitas

E seus casarões tombados.

A presença francesa

O tempo não pôde apagar.

Azulejos e pedras de cantarias,

Mirantes de frente pro mar.

Igrejas e antigos sobrados

Ainda se encontram lá.

A sua rica cultura

É feita de verdades e mitos,

De causos bem intrigantes,

De detalhes ainda não ditos,

De acontecimentos verdadeiros,

Que nos parece esquisitos.

Pois nessa bela cidade

Há um vulto em cada casarão.

Um mistério em cada azulejo,

Uma lenda em cada palmo de chão,

Em cada esquina, um mistério,

Em cada beco uma assombração.

Conta-se que há uma serpente

De tamanho descomunal

Morando nas galerias

Do Centro Histórico da capital,

Crescendo continuamente

Desde o Brasil colonial.

Essa misteriosa serpente,

Que dorme em baixo do chão,

Estaria na Igreja do Carmo,

Na Igreja de São Pantaleão.

Dizem que seus grandes olhos

Pode-se ver na fonte do ribeirão.

Os antigos já diziam

Que o monstro, furibundo,

Um dia acordaria

Do seu sono tão profundo.

Então o mundo ia acabar,

Chegaria o fim do mundo.

Acredita-se que sua cabeça

Tanto cresce a serpente

Que vai encontrar sua cauda,

E um dia, fatalmente,

Ela destruirá toda ilha

E o que houver pela frente.