Saudade do sertão

Quando o dia amanhece

do sertão estou distante

sou capaz de sentir

Bate saudade constante.

Lembro da passarinhada

calango cruzando estrada.

Até o cheiro do calumbi

do suco de manga e cajá

o sabor vem no paladar

Coisas que não tem aqui.

Rede armada no juazeiro

água fria na quartinha

tapioca com manteiga

Feijão,piqui e farinha.

A saudade aumentando

sertão vou lembrando.

Procurei evidências

nada similar o que vejo

bem diferente é o queijo

São inúmeras diferenças.

Para meu sertão voltarei

farei minhas pescarias

tenho saudade do sertão

De meu forró e cantorias.

Lembro canto do concriz

carcará,nhambu e perdiz.

Vou pisar o toá da ladeira

ouvir ruído da cancela

botar no cavalo a cela

Andar uma manhã inteira.

Contemplando a natureza

sertão é bom de viver

todos que migra de lá

Não consegue esquecer.

Sou do norte não nego

DNA nas veias carrego.

Mesmo vivendo ausente

de meu querido torrão

só Deus tira minha razão

Saudade se faz presente.

Lembro de meu cachorro

que por lá também ficou

Um fiel companheiro.

De meu azulão cantador.

Do céu com lua brilhante

com ás estrelas piscante.

O meu cenário predileto

trazendo muita inspiração

a saudade do meu sertão

Me ponho a pensar secreto.

Ando sempre lembrando

respirando outros ares

nosso sertão é diferente

Sinto falta desse lugares.

A teima bem tradicional

naquele final de tarde

anoitece e sem alarde

Se unem vão bebericar.

José Humberto da Silva
Enviado por José Humberto da Silva em 25/04/2015
Reeditado em 27/05/2015
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