O CLARÃO DA MORTE

Numa certa noite eu ia

Por um corredor deserto

Quando vi uma luz brilhando

Porém não estava perto

Como eu ia no escuro

Me sentindo inseguro

Ir a ela, achei certo.

À media que a seguia

E dela me aproximava

Eu podia perceber

Que ela se distanciava

Eu fiquei, muito intrigado

Pois tendo eu muito andado

Sempre adiante ela estava.

Na hora pus-me a pensar

Que aquela luz brilhante

Era uma anomalia

De um outro horizonte

Pois parecia fugir

Tentando me desistir

De dar mais passos adiante

Porém eu continuei

Seguindo na direção

Pois eu sentia que a luz

Era alguma previsão

E com esforço eu deveria

Antes de raiar o dia

Ficar sob o seu clarão

Só parei de avançar

Pelo escuro ressorte

Quando a luz lá na frente

Mostrou-me o seu importe

Ali eu me estaquei

De persegui-la parei

Pois vi nela minha morte!