C E N A S

Nas tardes morenas

Em busca de cenas

As luzes pequenas

Espiam o mar

A onda a quebrar

Mangando da gente

Inventa um repente

De abalroar

A gente singela

Deixou a panela

Montou-se na sela

Pra vir navegar

Tem ouro e tem mar

Mas tem explosão

No peito um vulcão

Quer reavivar

Na frente uma rede

No lado a parede

Morrendo de sede

O olho navega

E nessa refrega

O mundo endoidou

Relógio parou

Na boca da adega