"O BOI DE MINAS GERAIS"

“O BOI DE MINAS GERAIS”

Dedicado à Mira Ira, ou Eliana Berto, poetisa querida do Recanto das Letras.

Esse boi qui tô falano

Vai chegá impacotado

Presente de fim de ano

Pra festança distinado.

Só pricisamo incontrá,

Um cabôco corajoso

Pra abatê e isfolá

Esse mineiro tinhoso

Chifrudo ispetaculá,

Premiado e bem famoso.

No dia dessa festança

Quero vê a Eliana

Que anunciô cumilança,

Lingüiça, garapa e cana.

Mira Ira presenteô,

Esse boi que tô falano,

Que num rodeio comprô

Por ele muito pagano,

Poetisa ocê falô

Qui nóis num ti cunvidamo.

Cuma é qui a sinhora

Fala um negócio ansim

Pois no seu JuizdeFora

O correio anda ruim,

Discubriu cumpadi Airão

Ele inté disse pra mim,

Que por farta de avião

Ele vem cum seu jeguim,

Tu tá mais que cunvidada,

Num pense coisa ruím.

Nóis inté ti agradeci

Do boi qui a sinhora deu

Os atraso acunteci,

Foi isso qui assucedeu.

Di Berlândia e Beraba

Terra de gente faguêra

Vai chegá uma carrada

Pressa festança primêra

Onde o canto e o cantadô,

Vão alevantá puêra.

Sinhora tá cunvidada

Di novo eu arrepito,

Num fiqui tão melindrada

Cum esse teu jeitim bunito.

Adiscurpe o recado

Que gerô mal intendido,

A lingüiça que eu falava

Num era de seu marido,

Era do Pedrim Goltara

Nosso cumpadi querido.

Pedrim vai levá pirú

Foi isso qui prometeu,

E lingüiça capixaba,

Comprada dum amigo seu.

Nois conta cum os seus verso

De poetisa valorosa,

Pa incantá todo universo,

Com sua rima primorosa,

Eita qui festança boa

Tu és linda cumo a rosa.

www.usinadeletras.com.br/

Hull de La Fuente = Claraluna

Hull de La Fuente
Enviado por Hull de La Fuente em 19/06/2007
Reeditado em 19/06/2007
Código do texto: T532767
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