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- Tela do pintor surrealista e escultor VLADIMIR KUSH, de nacionalidade russa.





CHÃO AOS IMIGRANTES
 


Não é drama, tão somente,
nem só mazela da História;
o caso dos imigrantes
traz tragédias retumbantes
e desgraça muito inglória.
 

Jogado ao Mediterrâneo
um mar de desventurados,
gente das guerras saindo,
todos da fome fugindo,
povos por dores marcados.
 

Velhos, mulheres, crianças,
varões de estatura forte,
seduzidos por coiotes,
lotam seus pequenos botes,
tantos em busca da morte.
 

Ver uma Europa avarenta,
sovina e tão abastada,
fechando à tragédia a porta,
isto o meu interno corta,
deixa a minha alma arrasada.
 

Enquanto botes infláveis
levam vidas para a morte,
potências cá, do Ocidente,
fazem do Médio Oriente
chão da América do Norte.
 

Pulhas, chacais, predadores,
serviçais das invasões,
miseráveis assassinos
de indefesos palestinos,
ó de petróleo ladrões!...
 

Vocês, que semeiam guerras,
burgueses imperialistas,
seus lacaios dos ianques,
larguem os mísseis e tanques
e acolham do mundo às vistas.
 

Acolham afegãos e sírios,
todos, os norte-africanos,
deixem de ser tão farsantes,
deem chão aos imigrantes,
não exemplos desumanos.
 

Fort., 17/09/2015.
 
Gomes da Silveira
Enviado por Gomes da Silveira em 17/09/2015
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