CORDEL – A operação Lava-Jato – Parte II – 08.09.2015
 
 
CORDEL – A operação Lava-Jato – parte II – 08.09.2015
(Sem mote)
 
(1)
As investigações começaram
No ano de dois mil e nove
Doleiros vivos tramaram
Pensando não há quem prove
Comandados por Alberto
Youssef o sobrenome
Que tem pinta de correto
E também muito renome
(2)
Bem astuto e inteligente
Corajoso e decidido
É um cara de patente
Porém velho conhecido
Como um grande doleiro
Antes fora processado
Por lavagem de dinheiro
No antigo Banestado
(3)
O seu parceiro Habibe (Carlos Habib)
Assentado em Brasília
Dizem gostava de quibe
E também sua família
Num posto de gasolina
Que usava de fachada
Trabalhava com surdina
Com a cara deslavada
(4)
Foi disso então que surgiu
O apelido inusitado
Que a PF impingiu
Lava-Jato, bem bolado,
Movimentaram bilhões
De verdinhas palpitantes
E com cara de ladrões
Jogadas alucinantes
(5)
Mas também uma parceira
De nome Nelma Kodama
Mulher por demais faceira
Que também entrou na lama
Movimentou no paralelo
Pra mais de cinco milhões
O seu sorriso amarelo
Vem de suas tradições
(6)
Outro grande professor
Raul Srour movimentava
Recursos no exterior
Que ilegalmente captava
Elemento da quadrilha
Com os três tinha renome
Entrando na camarilha
De vez por outra ele some
(7)
Pois os quatro reunidos
Fizeram muita riqueza
Porquanto sempre munidos
De muito boa certeza
Que o crime sim compensa
E que roubar é proeza
Agora estão numa prensa
E vão pagar com certeza
(8)
Movimentaram bilhões
Não somente no país
Provocaram turbilhões
Numa atitude infeliz
Com empresas de fachada
Em paraísos fiscais
Roubalheira bem danada
São sujeitos imorais
(9)
Contratos de importação
Meramente simulados
Numa vil situação
Daí que fomos roubados
E nosso Banco Central
De técnicos renomados
Não vislumbrou nada mau
Parecem pobres coitados
(10)
Tudo sem pagar imposto
Numa abertura geral
Roubo fácil que faz gosto
De cunho tão genial
Um crime de traidores
Do nosso torrão Brasil
Que parecem professores
Cada qual mais imbecil
(11)
Aqui queremos dizer
Que o chefe trabalhava
Para o partido PP
Muito prestígio gozava
Tinha força pra valer
Alguns anos de cadeia
Está ele a merecer
A coisa parece feia
(12)
Youssef tinha negócios
Com o senhor Paulo Costa
Praticamente seu sócio
Quando digo ninguém gosta
Diretor da Petrobras
A estatal petroleira
Que roubou até demais
Na história brasileira
(13)
Mas também com empreiteiras
E outros fornecedores
Que só faziam besteiras
E verdadeiros horrores
Praticantes das asneiras
Para mim uns traidores
Da nossa linda bandeira
Não são mais que impostores
(14)
Os dois acima citados
Em catorze foram presos
E depois encarcerados
Por um Juiz bem coeso
Pois foi daí em diante
Que começou o desvio
Mudando todo o semblante
Compraram até navio
(15)
Uma vez iniciada
Essa infeliz roubalheira
Toda moral abalada
Furavam qual britadeira
Numa atitude malvada
Afundando nossa empresa
Mas ninguém não via nada
São cegos ou esperteza
(16)
Mas então viraram foco
De toda investigação
Estando presos “in loco”
Facilita a apuração
Foi então que apareceu
A delação premiada
E cada qual acedeu
Numa bem feliz jogada
(17)
Para reduzir as penas
Concordaram em falar
Denunciando dezenas
De corruptos sem parar
Disse claro e de bom tom
Que ele e outros colegas
Dançavam no mesmo som
Mesmo nas músicas bregas
(18)
Eles cobravam propina
E dinheiro repassavam
Numa atitude traquina
Políticos se apossavam
Mandavam pro exterior
Pensando que escapariam
Mas isso foi um horror
Tudo virou anarquia
(19)
O Costa foi quem primeiro
Aceitou ser delator
Depois veio tal Youssef
E no plano concordou
Nunca se viu tanta gente
Roubar tanto no país
Ser presa e tão indolente
Criminosa de raiz
(20)
No último mês de novembro
A polícia então prendeu
Parece que doze membros
Todos cara de plebeu
Os nomes digo depois
No transcorrer do cordel
É segredo pra nos dois
É de tirar o chapéu
 
Ansilgus
 
 
 03/10/2015 - - DILSON POETA interagiu assim, meu abraço:

OI ANSILGUS... CONCORDO:
 "NESTA POLÍTICA DE REIS
 PRO POVO UM DEUS NOS ACUDA
 OU MUDAM AS NOSSAS LEIS
 OU ENTÃO NADINHA MUDA."
 
(DILSON POETA). SIM.. O SEU RETUMBANTE CORDEL, CARO POETA, É DE TIRAR O CHAPÉU. PARABÉNS. FELIZ FIM DE SEMANA.

           
 
ansilgus
Enviado por ansilgus em 25/09/2015
Reeditado em 03/10/2015
Código do texto: T5394260
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