Este texto faz parte de uma parceria a distância, que o poeta poeta Airam Ribeiro me propôs. Aceitei com muito gosto, pois sou admiradora do trabalho desse poeta baiano que agora mora na roça, onde a internet  nem sempre funciona.

Minha modesta interação ao texto segue no final desta página. 



As beleza da lua

Airam Ribeiro
30/09/2015
 


Seis tão veno essa lua
É a verdade nua e crua
O qui agora vô lhe falá
Os meu sinhô das capitá
Eu posso inté agarantí
Qui nun viro isso daí
Cuma eu vi no meu lugá.
 
Inquanto o sór tava saino
A lua tava já sumino
Lá pur detráis da serra
Oia seu moço qui beleza
O qui min troxi a natureza
Para dento da minha terra!
 
Seu moço ocê é rico
Cum vancê nun dentifico
A minha riqueza é deferente
O diêro nun compra as aligria
Qui tô sintino nesse dia
Em vê a lua ni minha frente.
 
Agradeço a Deus pur meus zóio
Pois a lua quando eu óio
Vejo a beleza do Criadô
São as beleza da zona rurá
Qui Deus fez pra nóis oiá
E feito cum muitio amô.
 
Passa mais uma oiada
Na lua lá na xapada
E pensa na minha aligria
Ocêis qui vévi de alugué
Dento desses arranhacé
Nun vê a lua qui quiria.
 
Da globo nun percizamo
O SBT nun ta passano
Nun percizamo de Butão
O qui eu vejo da jinela
Desligo na taramela
Qundo vô pro meu coxão.
 
Mais iante dô uma ispiadinha
Pois fiquei a noite inteirinha
Vendo a lua a terra alumiá
Uma coisa linda eu vi
Na lagoa o clarão refleti
Lumiano as banda de cá.
 
Já qui privilejo nun teve ocê
De essa lua nun pudê vê
Por isso eu fotografei
Para no faceboqui botá
Pra pudê ocê apreciá
O qui da roça apreciei.


Dê um abraço na turma do recantodeletras.
 
 Airam

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LUÁ DA AMIZADE...
(Hull de La Fuente)


Meu cumpadi tão quirido
Sua cumadi e o marido
Vevi cuma Deus mandá
o coitado tá doente
mais é o papé da gente
da infermidadi cuidá.
 
O seu cordé recebi
Bunito ansim eu só vi
nos tempo lá do Sexteto
Océ é grande poeta
que da jinela aberta
fotografô um soneto.
 
Essa foto inluarada
Mi dexô tão incatada
inté deu-me inspiração.
Diante do cumputadô
Inté si isquici da dô
Pra fazê a interação.
 
Recebê nutiça tua
é cuma ganhá da lua
Uma noite prateada
cheguei a imaginá
o vivê nesse lugá
Uma vida assussegada.
 
Viu-se uma lua vermêia
qui me fez gelá a vêia
puro sangue, é um siná,
Penso em Jesus vortando
nesta terra incontrando
o ódio a se espaiá.
 
Aí na roça a pureza
dá lugá para a beleza
pro pensamento isfriá
Fique aí, cumpadi meu,
na cidade os ateu
é qui tão a comandá.
 
Reina a imoralidade,
no suburbio, na cidade,
Ninguém qué vê o luá.
Tenho pena das criança
Vejo só disisperança
e o fim se aproximá.
 
 
Meu cumpadi,
Obrigada por dar notícias; Tenho muita saudade do senhor. Andei lá em sua  página por ocasião do seu aniversário, mas que pena, o senhor não estava por lá.Estamos aqui na Luta, meu marido está muito doente, eu não tenho tido tempo de ir ao RL, 
Dê o meu abraço pra comadre. Amei a foto da lua, é linda.
Que Deus o abençoe.
Um grande abraço,
Hull
 
 













 
Hull de La Fuente e Airam Ribeiro
Enviado por Hull de La Fuente em 11/10/2015
Código do texto: T5411001
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