A PILAR QUE EU TANTO AMO

Homenagem a terra natal. Pilar, PB.

Na Pilar que eu tanto amo

Hei de plantar uma semente

Incentivar quem é capaz

Valorizar quem é decente

Construir novo futuro, mais de um jeito diferente.

Na Pilar que eu tanto amo

Eu quero ter a certeza

De quem valoriza os seus

Respeitando a natureza

Reverberando nos olhos

O brilho da realeza.

Na Pilar que eu tanto amo

Posso falar sem lundu

De Zé Augusto de Brito

Referendando Xudú

Oh meu povo pilarense!

Fraterno abraço pra tu.

Na Pilar que eu tanto amo

Quero um cochilo de rede

Sentir o cheiro da mata

Mais pra onde foi o verde?

A água aqui tá em falta

Tem muita gente com sede.

A Pilar que eu tanto amo

Tão explorada essa aldeia

Estão levando o nosso rio

Nas caçambas de areia

Decretam morte ao “Paraíba”

Com estricnina na veia.

Na Pilar que eu tanto amo

Eu só não quero é morrer só!

Quero brincar, da cambalhotas, com as piadas de Xorró

Quero tomar pinga na praça

E na tristeza dando um nó.

Na Pilar que eu admiro

Eu faço o verso na hora

Pego a rima pelo avesso

Tiro o coelho da cartola

Só não aguento a safadeza

Dessa gente que te explora.

Minha Pilar, terra amada

Meu torrão meu além- mar

Sou pilarense com orgulho

Sou o matuto que diz:

Eu não troco o meu Pilar

Nem por duzentas París.

Autores: Antonio Ramos/ Evanio Teixeira