* Não julgue o próximo *

Um dos monges do mosteiro

Uma falta grave cometeu.

E chamaram um velho sábio

E contaram o que aconteceu

Para que pudesse julgá-la.

Afim de quem sabe salvá-la

Pois o mesmo se arrependeu.

O velho sábio se recusou,

Mas insistiram pra ele ir.

Ele pegou um balde e furou-o

Em várias partes ali;

Depois, de areia o encheu

E foi ver o que aconteceu

No convento dali.

O superior, ao vê-lo entrar,

Perguntou o que era aquilo.

- Vim julgar meu próximo,

E tirá-lo desse asilo.

Meus pecados vêm atrás de mim,

Nem por isso é meu fim

Se alguém quiser assumi-lo.

Como a areia escorre do balde.

Não dou conta dos meus pecados.

Mas não costumo olhar para trás

Vim cumprir mais um chamado,

Para meu próximo julgar.

Jamais irei condenar

Pois estou assoberbado.

E os monges ali reunidos

Desistiram da punição.

Essa atitude do sábio

Levou-os a reflexão.

Pecamos diariamente

Muitas vezes inconsciente

Quem julga esta nossa ação.

Claudia Pinheiro
Enviado por Claudia Pinheiro em 30/10/2015
Código do texto: T5432425
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