FENÔMENO SOCIAL

Esporte que o povo abraça

Nao é mais o futebol

Mas o levantar da taça

De manhã ao por do sol

De cerveja ou de cachaça

Antes fosse o voleibol.

Fenômeno nacional

Essa coisa de beber

Diz-se é apenas social

E não há o que temer

Na verdade é um grande mal

Que no fim só faz sofrer.

Há que se preste atenção

E que se tenha o cuidado

Pra que a população

Não abuse do melado

Beber sem moderação

Já causou muito finado.

Seja pobre ou bacana

Pra fugir da vida a só

Muita gente se engana

É uma pena de dar dó

Vai, se afunda numa cana

E abotoa o paletó.

O nosso país faceiro

Não tá só neste sentido

Espalhou pro mundo inteiro

Este fato acometido

Também lá no estrangeiro

Já soaram o alarido.

Dizem que tomar um vinho

Todo dia faz tão bem

Mas tem que ser só um pouquinho

E a saúde ele mantém

Nunca beba assim sozinho

Compartilhe com alguém.

Caso beba, não dirija

Pra acidente não causar

Vá de taxi, a pé que seja

Pra sair de casa ou bar

É o mínimo que se enseja

Para vidas preservar.

Hoje há muito recurso

Pra pessoa se curar

Se quiser mudar o curso

Tem que sério desejar

Acabar com o discurso

E agir para se aprumar.

Ainda há quem se arrisque

De alambique ou fermentada

Da velha pinga ao uísque

Simples ou sofisticada

O final é sempre triste

É a vida destroçada.

De cerveja em cerveja

Fígado em comadose

Dia a dia sem que veja

Já virou uma cirrose

A cachaça ainda deseja

E não dispensa uma dose.

Fica a minha opinião

Melhor ser abstinente

Que andar de tropeção

Não há família que aguente

A dor e a desilusão

Dum cativo em aguardente.

George Gimenes
Enviado por George Gimenes em 31/01/2016
Reeditado em 18/02/2016
Código do texto: T5529387
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