POBREMA NU SENÁDIU (Sextilha)

Mia xente vou dizê

Uma grande rialidadi

Os doutô lá de Brasilha

Tão com munta farsedadi

Tão mintindo pra nóis tudo

Iscondendu a verdádi!

Adispois que lá se achega

Todu bunito e sorrindu

Di palitól e gravata

E os dentis inzibindu

Relógi diouro no purso

Conta no banco isprodindu!

Elis óia o povo di longi

E dize – eu tô bacana

Vô dá um jeitu na vida

Enxê meu borsu de grana

E dispois nunca tem mêdu

Da puliça e da cana!

Vêndi gado (quedê o gado?)

Nota fria é só qui prana

Fazenda e mais fazenda

E o borso xeiu de grana

E pensa que o povão

É tudo xente banana!

Mais tem xente lá no meiu

Qui é porreta e legal

Num come pão encruadu

E nem broa sem o sal

Bota a boca nu tromboni

E xama os dotô pro pau!

Vô ti falá meu cumpadi

To lôco e teinho razão

Se a coisa disgringolá

Eu entru no meu Fuscão

Vou nesse tar de Senádio

Rapo o côcu do Reinão!!!

(He, he, he... só rindu… e xorandu, cumpadi)

Thales de Athayde
Enviado por Thales de Athayde em 10/07/2007
Código do texto: T558965
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