Cantiga para uma rosa
Paulo Camelo 
Elischa Dewes


Quem chega do rio à beira
ao menor descuido cai.
O ninho, da cumeeira,
o vento levando vai!

Um lenço feito de seda
cai no fogo e a labareda
queima e logo ele se esvai.

No centro do picadeiro
o palhaço ri e chora.
Ando pelo mundo inteiro,
nada é como o aqui e agora.

O circo, o mundo, redondo,
a vida um chorar impondo
,
uma ânsia me devora.

É esse Maio dos amores
e de noites cor-de-rosa!

Eu irei aonde fores,
se me deres essa rosa.
Essa rosa tão sigela?
oh, podes ficar com ela!
só não fiques todo prosa!


Quando eu faço uma pergunta,
você nunca me responde.
Bem, hora você assunta,
Na outra hora se esconde...

Eu perguntei-lhe outro dia
se você não me queria.
Hoje sei: perdi o bonde.

Dizem que chorar faz bem,
mas não sou, do choro, afeito.

Porém mais do que ninguém,
ser chorão é meu defeito.
E agora, alegre vou eu
para os braços do Morfeu,
ronronar junto ao seu peito...


Elischa Dewes  &  Paulo Camelo

*
Preciosa interação de Jacó filho


Na mente do repentista,
O às vezes fica lento.
Enquanto isso lá dentro,
Os versos fazem visita.
E quem os escuta pronto,
Cada vez mais surpreso,
De cantar sente desejo,
Mas é de fadas, um conto...

Jacó Filho
*

 Zé Roberto

Elischa faz Poesia 
 tal qual u'a fina colônia
 "Prenda" riograndense forte 
 Cipreste da Patagônia ,
 Elischa escreve o Amor ,
 Sei, és a mais bela flôr 
 Dos jardins dá Babilônia! 
*