O MEU RIMANCEIRO * Isto é uma paródia!...

Consigo trazem sempre a solução

Os donos da verdade são assim

Ficam vaidosos se dizemos sim

Ficam danados se dizemos não

Os donos da verdade não consentem

Sequer que se lhes peça um fundamento

Sequer o mais vulgar aclaramento

Protestam e trejuram que não mentem

E passam a olhar-nos de través

Como se fosse crime perguntar

Como se fosse crime reclamar

Sabermos em que chão pomos os pés

Eu quero que a verdade seja o pão

Pousado sobre a mesa e repartido

E dele comerei o meu quinhão

Que por direito é meu e me é devido.

Que sempre o que é verdade se revele

Sem artifícios e nenhum ornato

Se me dão lebre quero ver-lhe a pele

Gato por lebre nunca no meu prato

José-Augusto de Carvalho

Alentejo, 19 de Outubro de 2016.

José Augusto de Carvalho
Enviado por José Augusto de Carvalho em 16/02/2017
Reeditado em 03/03/2018
Código do texto: T5914425
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