BOBO DA CORTE (replay)

Dou-lhe uma, dou-lhe duas,

Dou-lhe três, pra me ensinar

O segredo de viver

Sem ter que me reinventar

Sem ter que pagar a conta

Sem ter que ouvir a tonta

Que só sabe reclamar.

Sem ter que engolir os sapos

Que me matam de vergonha

Senão a língua da sogra

Carregada de peçonha

Ou a folgada vizinha

Que parece uma galinha

De tão feia que é medonha.

Dou-lhe uma, dou-lhe duas

Pra você me convencer

Que pra poder existir

Não vou ter que renascer

Pois já danço miudinho

Sou igual um cachorrinho

Sem um osso pra roer.

Vivo aos trancos e barrancos

Já não tenho voz ativa

Virei o bobo da corte

Ainda tenho que dar: viva!

Quando o galã come a filha

-Vou ser vô, que maravilha!

(Bobo cadeira cativa).

Dou-lhe três, não “guento” mais!

Pra você levar embora

Estou batendo o martelo

A tristeza me devora

Pois pior do que a morte

É minha falta de sorte

Valha-me Nossa Senhora!

Kid verso
Enviado por Kid verso em 05/04/2017
Código do texto: T5961900
Classificação de conteúdo: seguro