O MEU RIMANCEIRO * Na roda da Vida...

Os poetas cantaram o grito

que varou o vazio sangrento.

Não morreu a raiz nem o vento

se calou num silêncio contrito.

Continua a figueira a dar fruto,

quando o tempo aprazado chegar.

Há um tempo maduro de amar:

é por ele e com ele que luto.

Em Setembro haverá as vindimas.

Quase findos os dias de Agosto…

Bem casadas de gosto e de mosto,

aprontemos as últimas rimas.

Em Novembro, as primícias do vinho,

na promessa do novo cumprida.

Vamos todos na roda da vida!

São Martinho já vem a caminho…

José Augusto de Carvalho

Alentejo, 30 de Agosto de 2017

José Augusto de Carvalho
Enviado por José Augusto de Carvalho em 30/08/2017
Reeditado em 03/03/2018
Código do texto: T6099582
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