Que coisa rara de ver É político não roubar
Mote de Ritinha Oliveira
Já vi jacaré voando
Baleia nadar de ré
Macaco cheirar rapé
E já vi pinto mamando
Já vi cachorro miando
Também vi ferro boiar
Já vi jumento falar
E minhoca aprender ler
Mas coisa rara de ver
É político não roubar
Já vi saci jogar bola
Carrapato de cueca
Formiga jogar peteca
E pulga de camisola
Caranguejo de cartola
E vi cobra assobiar
Vi borboleta espirrar
E vi pedra derreter
Mas coisa rara de ver
É político não roubar
Vi careca usando pente
Vi nota de seis reais
Já vi dois papas iguais
E já vi perna em serpente
Vi muriçoca com dente
E oceano secar
Já vi fogo congelar
E fantasma aparecer
Mas coisa rara de ver
É político não roubar
Vi sino com três badalos
E urubu amarelo
Vi barata de chinelo
Também vi chifre em cavalo
Até cebola com talo
E jovem sem celular
Já vi magrelo engordar
E vi gordo emagrecer
Mas coisa rara de ver
É político não roubar
Eu vi ateu na igreja
Cururu de bicicleta
Já vi canguru atleta
E uva em pé de cereja
Vi crente tomar cerveja
E camelo em alto mar
Vi galinha relinchar
E o sol escurecer
Mas coisa rara de ver
É político não roubar
Eu já vi roda quadrada
Vi pombo jogar xadrez
Também vi bode pedrês
E vi ponte sem estrada
Vi samurai sem espada
Defunto ressuscitar
Já vi inglês se atrasar
E até anão crescer
Mas coisa rara de ver
É político não roubar