NEM QUE A VIDA PEGUE FOGO, EU ABOMINO A ESTE MUNDO.

Sou um enviado de Deus

Da matéria um moribundo

Não me considero ateu

Nem religioso profundo

Vivo prazer e desgostos

Nas duas faces vou fundo

Nem que a vida pegue fogo

Eu abomino a este mundo.

O saber não vem de graça

Os erros tem alto custo

O prazer vem da cachaça

Da abstinência o indulto

A libido é do fogoso

A sedução nos inunda

Nem que a vida pegue fogo

Eu abomino a este mundo.

Quando anda na cidade

Vejo muitos rebolados

De mulheres femininas

E de machos transformados

Estas cenas mudam o jogo

Ao desejar-se frente e fundo

Nem que a vida pegue fogo

Eu abomino a este mundo.

A consagração do padre

O batismo do pastor

A repreensão dos pai

Os conselhos dos avós

Nada impede o novo

Se o desejo é profundo

Nem que a vida pegue fogo

Eu abomino a este mundo.

Com artistas consagrados

Mudando suas condutas

O que antes eram putas

Agora são respeitadas

Não chamamos de viados

Quem outro sexo lhe imputa

Nem que a vida pegue fogo

Eu abomino a este mundo.

Não nos cabe o julgamento

Destas pessoas diferentes

Que nasceram com um sexo

Mas nada dele se sente

Optam por começar de novo

Buscando um outro rumo

Nem que a vida pegue fogo

Eu abomino a este mundo.

Nasci macho o morro macho

Não tenho outra tendência

A mulher é meu despacho

Sua vagina minha carência

Faço parte deste jogo

Vejo nela um latifúndio

Nem que a vida pegue fogo

Eu abomino a este mundo.

A televisão nos exibe

Certos homens transformados

Que deixam muitas mulheres

Um tanto preocupadas

Com redundante deslumbre

Fazendo isca aos lobos

Nem que a vida pegue fogo

Eu abomino a este mundo.

Nada é fixo neste contexto

As coisas tem dado voltas

Mulheres querem ser homens

Outras tantas se revoltam

Se une no mesmo jogo

Sem transformação alguma

Nem que a vida pegue fogo

Eu abomino a este mundo.

Os homens também se dão

Cada um vai como pode

Alguns até que preservam

Suas barbas e bigodes

A muita gente faz nojo

Outros os chamam de imundos

Nem que a vida pegue fogo

Eu abomino a este mundo.

Vamos lutar pela paz

Independente do sexo

Seja moça ou rapaz

Transgénero ou trvaeco

Cada um com seu denodo

E um respeito profundo

Nem que a vida pegue fogo

Eu abomino a este mundo.

(Miguel Jacó)

08/01/2018 08:36 - Jacó Filho

Sempre amei as mulheres,

Por uma questão de gosto.

Mas faça o que tu queres,

E não o que é imposto...

Não sou avô e nem sogro,

Mas queria, lá no fundo...

Nem que a vida pegue fogo,

Eu abomino este mundo...

Parabéns! E que Deus nos abençoe e nos ilumine... Sempre...

Para o texto: NEM QUE A VIDA PEGUE FOGO, EU ABOMINO A ESTE MUNDO. (T6219673)

Boa tarde nobre alfaiate das letras Jacó Filho, muito obrigado por esta suntuosa interação aos meus pacatos versos, um abraço, MJ.

PUBLICADO NO FACE EM 07/01/2018

09/01/2018 16:03 - Ansilgus

Boa tarde. Interagir com o MJ é coisa difícil, mas tentei...meu abraço...ansilgus.

Nem que a vida pegue fogo

Eu abomino este mundo

Parabéns meu grande mestre

Pelo mote que lançou

Você um cara da peste

Sempre no bem atuou

Não importa qual o jogo

Quando penetra é profundo

Nem que a vida pegue fogo

Eu abomino este mundo

O homem será sempre homem

O mesmo para a mulher

Não importa o que consomem

Dê no que der e vier

Sem ser assaz pedagogo

De qualquer classe, oriundo,

Nem que a vida pegue fogo

Eu abomino este mundo

Para o texto: NEM QUE A VIDA PEGUE FOGO, EU ABOMINO A ESTE MUNDO. (T6219673)

Boa tarde Ansilgus, muito obrigado por esta suntuosa interação aos meus pacatos versos, um abraço, MJ.

LUSO POEMAS, 07/01/2018